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Problemas de "Street V" prejudicaram desempenho em competições, diz Keoma

Brasileiro Keoma colocou o Brasil no top 10 do Street Fighter internacional - Divulgação/Capcom
Brasileiro Keoma colocou o Brasil no top 10 do Street Fighter internacional Imagem: Divulgação/Capcom

Barbara Gutierrez

Do UOL, em São Paulo

17/11/2016 20h32

Depois de abalar o cenário competitivo brasileiro e internacional de "Street Fighter" em 2015, Keoma Pacheco está um pouco fora dos radares. O gaúcho fez história ao ficar entre os oito melhores jogadores do mundo na Capcom Cup do ano passado - a melhor colocação que um conterrâneo já alcançou no campeonato.

E o feito não foi sorte, não. Keoma ganhou sua vaga no mundial de "Street Fighter" após vencer um dos cinco deuses dos jogos de luta, Tatsuya Haitani, na final da Capcom Pro Tour de "Ultra Street Fighter IV" na Brasil Game Show 2015.

Mas como nem tudo são flores, 2016 chegou com "Street Fighter V" e o gaúcho não conseguiu repetir a mesma dose de sucesso do ano anterior, deixando de se qualificar para a Capcom Cup 2017. Mesmo sem Keoma, o Brasil ainda conta com a representação de Thomas "Brolynho" Proença, que assegurou sua vaga no mundial e representará o país entre os grandes nomes do cenário competitivo.

“Muita coisa no 'SFV' demorou pra funcionar corretamente, e isso foi algo que acabou afetando a mim por exemplo, durante a Pro Tour”, diz Keoma ao UOL Jogos. “Eu creio que pela falta de conteúdo para jogadores casuais, problemas no sistema online, como não ter um sistema para punição de ragequits, e os problemas de input lag gigantesco que afetam toda a maneira que os jogadores mais sérios precisam jogar acabaram afastando todos os tipos de jogadores.”

Mesmo assim, o brasileiro comenta positivamente sobre seu desempenho: “Fiquei satisfeito, especialmente pelo progresso nos últimos dois meses. Vim treinando constantemente para as últimas etapas do circuito latino-americano da Capcom Pro Tour, pelo menos cinco dias por semana.”

O gaúcho enxerga positivamente seu aprendizado e crê que está se estabilizando: “Acredito que 2016 foi um ano satisfatório, especialmente a segunda metade. Em termos de rendimento pessoal pode ter sido simplesmente bom, mas creio que cresci muito como profissional e agora tenho um entendimento melhor de como funciona essa parte.”

Defendendo o Team Innova desde o começo de 2016, Keoma já está se preparando para o próximo desafio no Street Grand Battle em Lyon, na França. O torneio ocorre em fevereiro de 2017, mas o brasileiro não tem pressa.

“Acho que fiz a transição em um bom ritmo, talvez até mais rápido que o esperado”, fala, otimista. E quanto aos planos para o ano que vem? “Acredito que possa competir por uma segunda participação na Capcom Cup.”