Análise: Por que a Globo está deixando repórteres irem embora?
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A Globo está sofrendo nas últimas semanas um verdadeiro "ataque" de emissoras como a Record (aberta) e da CNN Brasil (futuro canal pago).
Elas estão tirando e sondando não só o elenco à frente das câmeras, mas também muita gente que fica atrás delas, como produtores e editores.
O denominador comum de todos os casos é que, ao contrário do que sempre fez, historicamente, dessa vez ela não está cobrindo a proposta de ninguém. Recebeu convite de um concorrente? "Boa sorte e adeus".
Foi assim com André Azeredo, que semanas atrás migrou para a Record. Foi assim também com Phelipe Siani e Mari Palma (o casal deve ficar junto novamente na CNN Brasil).
E tem ocorrido com editores e outros funcionários da casa que estão sob assédio de outros canais.
Além disso a Globo viu mais dois repórteres "medalhões", Marcos Uchôa e Tino Marcos, pedirem licença e saírem do ar.
Segundo a coluna apurou, ambos estão descontentes com prováveis mudanças em seus contratos e salários -- o que é interesse da emissora, e ela dificilmente vai mudar de ideia.
Isso sem falar em demitidos recentes, como o caso de Mauro Naves.
O que Naves, Uchôa e Tino Marcos tinham e têm em comum? Salários acima de R$ 100 mil.
Mas e no caso de Azeredo, Siani e Palma, por que a Globo não tentou segurá-los? Afinal, os três ganham muito menos --muito mesmo -- que isso.
Bem, porque a emissora não quer que jovens repórteres voltem a inflacionar sua folha de pagamentos e acabem se tornando os 'Tino Marcos, Uchôa e Naves' do futuro.
E isso vale não só para o jornalismo, mas para todas as suas áreas: atores, humoristas, redatores, câmeras etc.
E, como estamos percebendo, muitos decidiram dizer adeus à Globo também.
Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook e site Ooops
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