Com Cátia Fonseca, Band busca atrair mais mulheres e merchandising

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Os últimos anos foram difíceis para a pessoa jurídica Band. A emissora carrega há anos uma grande dívida, parte dela em dólares, e tem feito o que pode para equilibrar as finanças. Já vendeu ativos, cortou custos, demitiu, reestruturou.
Uma das dívidas, inclusive, é com a TV Globo, que dois anos atrás parou de repassar jogos do Brasileiro para a emissora do Morumbi, num acordo que durava décadas.
A Band não podia mais arcar com os pagamentos dos direitos. Saiu, mas deixou pendências financeiras a tratar com a TV da família Marinho (valor não divulgado).
Outra baixa nas receitas tem ocorrido devido a uma leve queda na venda de horários para igrejas durante as madrugadas.
No lugar de religiosos a emissora está locando a grade para empresas e terceiros (e caça-níqueis) que não pagam tão bem --e no entanto também dão zero de ibope.
Nesse sentido a nova direção artística da casa optou em soluções baixo custo e relativamente rentáveis: Cátia Fonseca e Amaury Jr. (recontratado após 15 anos no mês passado) fazem parte dessa estratégia.
A Band na verdade está resolvendo dois problemas:
1º) Resolve duas horas da grade vespertina, hoje uma colcha de retalhos sem muita lógica, que inclui debates de futebol, um caça-níquel e depois o “Brasil Urgente”.
2º) Certamente atrairá mais público feminino, bem como anunciantes e merchandising. Para quem está em crise, de grão em grão também se enche o papo.
Do ponto de vista estratégico, a Band acertou ao contratar Cátia, que estreia no próximo dia 1º de março.
Bonita, simpática, comunicativa, simples e carismática, ela também é uma grande vendedora de merchandising.
Segundo a coluna apurou nesta segunda (26) Cátia já entra no ar com uma fila de “merchans” engatilhados.
Além disso seu programa tem baixíssimo custo, assim como o de Amaury Jr., que agora ocupa o fim de noite-início de madrugada dos sábados --um horário pouco aproveitado pelas demais emissoras.
No entanto, embora sejam mais rentáveis que a grade atual, Cátia ou Amaury não irão salvar a pátria do Morumbi.
Isso porque a Band segue com um problema crônico, insolúvel e que ninguém parece disposto a resolver: sua razoável audiência em horário nobre é derrubada todas as noites pelo programa religioso do pastor R.R.Soares.
Enquanto não resolver isso, a Band pode até arrumar a situação nas tardes ou madrugadas, mas vai continuar engessada no horário mais valioso da TV.
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