Anúncio da Simba de "acordo" para voltar à TV paga choca operadoras
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
O anúncio unilateral feito ontem pela joint-venture Simba, de que teria chegado a um “acordo com órgãos de defesa do consumidor” para retornar à TV paga em São Paulo e no DF, pegou ao menos uma parte interessada totalmente de surpresa: as operadoras.
Até o momento do anúncio, feito no final da tarde de ontem, nem a Net Claro, nem a Sky e muito menos a ABTA (Associação Brasileira das TVs por Assinatura) haviam sido consultadas ou tinham qualquer conhecimento dessa “negociação paralela”.
Por esse acordo, a Simba diz estar autorizando "generosamente" as operadoras a voltarem a transmitir seus canais, enquanto a negociação continua.
Só que isso não basta. Os três canais terão de fazer o mesmo que fizeram em Goiânia. Vamos explicar:
A joint-venture Simba representa Record, SBT e RedeTV!, que desejam ser remuneradas por seus sinais digitais pelas operadoras. Esse sinal, até a era analógica, era gratuito.
Conforme o colunista Maurício Stycer, do UOL, antecipou ontem, a negociação lateral foi feita entre a Simba e órgãos como o Proteste e o Inadec (Instituto Nacional de Defesa do Consumidor), criado por Celso Russomanno, deputado federal e funcionário da Record.
Na verdade essa negociação é uma tentativa de saída honrosa encontrada pela Simba, diante da negativa das operadoras em remunerar os três canais.
Eles chegaram à mesa de negociação em março exigindo R$ 3,5 bilhões anuais, segundo o site Notícias da TV.
Depois baixaram o valor para R$ 840 milhões, mas isso continuou sendo considerado fora da realidade pelas operadoras.
Depois de verem sua audiência qualificada minguar sem a exibição nas maiores operadoras, a Simba mudou de estratégia no último dia 21, quando o sinal analógico terminou em Goiânia. Ela assinou um documento autorizando a continuidade do sinal até dezembro, enquanto as negociações (por remuneração) prosseguiriram.
SAIA JUSTA
O curioso é que o anúncio unilateral da Simba feito ontem ocorre num momento em que as conversações haviam voltado a ser produtivas.
As coisas melhoraram especialmente depois que a joint-venture escolheu um novo negociador, o executivo Ricardo Miranda, ex-presidente da Sky. A escolha vinha sendo elogiada pelas operadoras.
O anúncio de “acordo” com entidades pró-consumidores parece, isso sim, uma forma de tentar sair honrosamente da arapuca em que ela própria se meteu quando radicalizou e decidiu pelo corte dos sinais em 29 de março.
Afinal quem mais foi prejudicado pela saída foram justamente os canais da Simba, que perderam audiência e o público qualificado da TV paga.
Leia também:
Simba contrata ex-presidente da Sky para retomar negociação com operadoras
Sem conseguir acordo, emissoras da Simba recuam e aceitam voltar à TV paga
colunista no Twitter, no Facebook ou no site Ooops
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.