A Amazônia de Sebastião Salgado chega ao transporte público de Paris
Na décima edição do festival "La RATP invite", em colaboração com a Filarmônica de Paris, o artista mineiro de 77 anos alerta para a urgência de proteger o pulmão do mundo.
As fotos em preto e branco estão distribuídas entre sete estações de metrô e trem da capital francesa (Hôtel de Ville, Châtelet, Luxembourg, Saint-Denis Porte de Paris, Gare de Lyon, Madeleine e Pyramides) e poderão ser vistas até o final de setembro.
"É muito importante expor essas imagens em nossos espaços porque podemos chegar a milhares de pessoas para divulgar esse patrimônio e convidá-las a preservá-lo", afirmou à Agência Efe Pierre Audiger, gerente de comunicação da RATP, entidade de transporte metropolitano de Paris.
Salgado levou sete anos (e 48 viagens) para explorar a Amazônia brasileira e tirar essas fotos no coração da imensa selva, objeto de admiração e medo do autor em igual medida.
Entre as imagens expostas é possível observar fenômenos meteorológicos, como um forte dilúvio sobre o Parque Nacional da Serra do Divisor, no Acre, que parece uma nuvem atômica, ou retratos das comunidades indígenas que vivem na região.
A exposição conta ainda cmo a música do compositor francês Jean-Michel Jarre, que utilizou o arquivo do Museu de Etnografia de Genebra para dar uma sensação de imersão através de sons orgânicos, eletrônicos e naturais que o visitante pode ouvir graças a um código QR.
Audiger lembrou que, já em 2015, por ocasião da Cúpula do Clima realizada em Paris (COP21), Salgado foi convidado a expor "Gênesis", onde alertava sobre os perigos relacionados com as alterações climáticas, na rede de transporte da capital francesa.
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