Atriz pornô que denunciou Trump comemora acusação, mas diz: 'Já fez pior'
A atriz pornô Stormy Daniels, centro da denúncia que levou ao indiciamento de Donald Trump, comemorou a acusação contra o ex-presidente dos Estados Unidos, que teria comprado o silêncio da estrela sobre um relacionamento extraconjugal entre os dois, às vésperas das eleições de 2016.
"Trump não é mais intocável. Uma pessoa no poder não está isenta das leis. Não importa qual é seu trabalho ou o que sua conta bancária diz, você é responsável pelas coisas que disse e fez, a Justiça está feita", afirmou ela em entrevista ao jornal The Sunday Times.
Apesar da comemoração, Daniels afirmou que a situação é "agridoce", já que o empresário "fez coisas muito piores" usando seu poder.
"É agridoce. Ele já fez tanta coisa pior que deveria ter feito ele ser 'derrubado' antes. Tenho total consciência de como é insano, eu ser uma atriz pornô, mas, ao mesmo tempo, acho poético."
Entenda mais do caso:
A acusação
- Trump teria pago suborno à atriz pornô Stormy Daniels, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, para que ela ficasse em silêncio sobre ter feito sexo com ele.
- O pagamento secreto de US$ 130 mil (cerca de R$ 679 mil) foi feito pelo advogado particular de Trump na época, Michael Cohen, antes das eleições de 2016.
- A Justiça de Nova York quer determinar se Trump é culpado de ter dado declarações falsas do pagamento feito (um delito menor) ou de descumprir as leis sobre financiamento de campanhas (um delito penal).
- Michael Cohen, que efetuou o pagamento, já foi condenado a três anos de prisão, em 2018, e disse na época que pagou pelo silêncio por ordem do chefe e então candidato.
- Trump diz que a investigação tem motivações políticas e nega envolvimento com Daniels.
- Essa é a primeira vez na história do país que um ex-presidente dos Estados Unidos é acusado por um crime na Justiça.
"O principal candidato republicano e ex-presidente dos Estados Unidos da América será preso na terça-feira da próxima semana. Protestem, recuperem nossa nação!"
Donald Trump, em post na rede social Truth Social.
Os promotores quase nunca convidam o alvo da investigação a depor diante do grande júri a menos que tenham a intenção de acusá-lo"
Bennett Gershman, ex-promotor e professor de direito da Universidade Pace à AFP
Como seria a prisão
- De imediato, não está claro como seria uma possível detenção --ou, mais provavelmente, sua entrega às autoridades-- porque, além de ser ex-presidente, Trump não responderia por nada de natureza violenta.
- Não existem precedentes ou regras, explica Robert McDonald, ex-agente do Serviço Secreto americano e agora professor de justiça penal na Universidade de New Haven.
- O Serviço Secreto deve coordenar com o escritório de Bragg para que Trump se apresente ao tribunal sem um "espetáculo", diz McDonald. Ou seja, não chegará algemado pela porta principal da corte.
- É provável que o juiz não considere que haja risco de fuga e estipule fiança. Então, Trump não ficaria preso.
- Mas alguns acreditam que o ex-presidente pode se negar a se entregar, desafiando o promotor a detê-lo.
Alguém pode imaginar que Trump esteja querendo fazer isso. Isso é algo que o escritório de Bragg estaria temendo"
Shan Wu, ex-promotor
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