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Último show de Gal Costa, no Coala Festival, deve virar disco

Gal Costa morreu na última quarta-feira (9) - Lucas Lima/UOL
Gal Costa morreu na última quarta-feira (9) Imagem: Lucas Lima/UOL

Colaboração para Splash

11/11/2022 10h23

O último show de Gal Costa, no Coala Festival, em São Paulo, no dia 17 de setembro deste ano, deve ser transformado em um disco — em CD, vinil e também nas plataformas digitais. A informação é do O Globo.

Em entrevista ao jornal, o diretor musical Marcus Preto, um dos curadores do evento e produtor de diversos discos da artista, contou que ela deixou o palco do festival radiante.

"Foi um show especial demais. Gal saiu muito emocionada. Foi uma catarse, o público a abraçou, foi muito caloroso com ela", lembrou.

O plano de transformar a apresentação em álbum surgiu pouco antes da realização do festival, em conversas entre Preto, Gabriel Andrade, sócio do Coala, e a Biscoito Fino, gravadora de Gal. Por isso, o show foi gravado pelo técnico de som Duda Mello.

A qualidade do material ainda será avaliada pela gravadora — que, ainda segundo a publicação, pretende retomar as conversas sobre o assunto em breve.

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Velório com cerimônia aberta

O corpo de Gal Costa, morta nesta semana aos 77 anos, está sendo velado na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) hoje. A cerimônia, que acontece das 9h às 15h e é aberta ao público, já conta com alguns fãs cantando músicas que foram eternizadas na voz da cantora, como "Odara" e "Chuva de Prata".

Gal Costa estava afastada dos palcos após ter passado por uma cirurgia para a retirada de um nódulo na fossa nasal direita no final de setembro.

Seguindo as orientações médicas, a intérprete de "Baby" cancelou todas as apresentações que tinha até o final de novembro, incluindo no festival Primavera Sound, onde faria uma apresentação inspirada em "Fa-Tal", disco gravado ao vivo em 1971, eleito como um dos melhores álbuns brasileiros de todos os tempos pela revista Rolling Stone.

Uma das principais intérpretes da música brasileira, Maria das Graças Penna Burgos nasceu em Salvador em 26 de setembro de 1945. Ela fez sua estreia em 1964, quando chamou atenção por seu cantar rasgado no espetáculo "Nós, Por Exemplo..." ao lado de nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia — juntos, formariam a banda Doces Bárbaros na década de 1970, um divisor de águas em sua carreira.

Sua primeira gravação foi o dueto "Sol Negro", no disco de estreia de Maria Bethânia. Seu primeiro disco solo, "Gal Costa", foi lançado em 1969, após trabalhos em conjunto com Caetano e Gil, e trouxe sucessos, como as músicas "Baby", "Divino Maravilhoso", "Que Pena" e "Não Identificado".

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