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Ao lado de Bolsonaro, Datena diz que jornalista não pode se posicionar

De Splash, em São Paulo

07/10/2022 16h53Atualizada em 07/10/2022 19h31

Em coletiva de imprensa, ao lado do atual presidente e candidato Jair Bolsonaro (PL), o apresentador Datena, da emissora Band, afirmou hoje que não pode anunciar seu posicionamento político. Segundo ele, sua presença em Brasília é um agradecimento a Bolsonaro por seu apoio.

Antes mesmo do primeiro turno das eleições, o jornalista havia sido anunciado como o candidato de Bolsonaro para o Senado por São Paulo. No fim, Datena desistiu da corrida política - mas, de acordo com ele hoje, o presidente "me apoiou até o fim".

"Como cidadão, eu queria agradecer ao presidente Bolsonaro, porque minha mãe me ensinou que tem que ser grato a quem é leal a você. Durante a campanha política, em que estive ao lado do presidente, ao lado do Tarcísio, eu sofri muitos ataques, inclusive parte da militância do presidente Jair Bolsonaro, e mesmo assim, com todos esses ataques, o presidente me lançou como candidato ao Senado"

Finalizando com: "Quem não tem gratidão, não tem caráter, estou aqui para reconhecer esse ato do presidente".

O apresentador também falou sobre seu apoio a algum dos candidatos à Presidência e afirmou ser parte de "uma empresa neutra", logo não poderia revelar isso.

Em sua fala, parado do lado do atual presidente Jair Bolsonaro, afirmou que não iria dizer seu apoio direto porque "não seria nem ético, nem leal com a minha empresa".

"Agora, a minha empresa, a Band, é uma empresa de comunicação, como todos vocês, é uma empresa neutra e eu não posso me posicionar em relação a apoio direto ao presidente, nem o presidente Bolsonaro, nem o presidente Lula, porque sou jornalista igual vocês. Desde o momento que deixei de ser candidato a senador, voltei a ser jornalista e não seria nem ético, nem leal com a minha empresa, assumir uma posição", disse.

Após ser questionado sobre sua presença em Brasília e o encontro com o presidente, Datena afirmou que ele não poderia recusar o convite e se disse aberto a conversa com Lula, a oposição de Bolsonaro.

"Como jornalista, eu jamais poderia delegar ou refutar um convite do presidente da República, como vocês jornalistas, se fossem convidados, viriam aqui, meu interesse aqui é jornalístico, puramente. Agora, é um dos dois únicos candidatos a presidente da República, quem me convidar, eu falo", afirma.