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O algoritmo não mente: público de 'Virgin River' prefere doçura a violência

Jack Sheridan (Martin Henderson) e Mel Monroe (Alexandra Breckenridge), o casal protagonista de "Virgin River" - Divulgação/Netflix
Jack Sheridan (Martin Henderson) e Mel Monroe (Alexandra Breckenridge), o casal protagonista de 'Virgin River' Imagem: Divulgação/Netflix

De Splash, em São Paulo

28/07/2022 04h00

O algoritmo não mente. Desde sua estreia, há uma semana, a quarta temporada de "Virgin River" figura na liderança das séries mais assistidas do Brasil.

Com um público atraído pelo clima de novelinha "mamão com açúcar", a série perdeu o rumo na terceira temporada. Houve até quem desistisse de acompanhar "Virgin River" visto o excesso de violência, tensão e problemas criados. É para resolver isso que a quarta temporada está aí.

Mais focada em relacionamentos —sejam eles amorosos, familiares ou de amizade— a nova temporada de "Virgin River" finalmente recuperou a doçura que atraiu tanto público nas primeiras temporadas, mesmo sem uma divulgação digna da Netflix.

Não foi preciso evitar conflitos para isso. Eles ainda estão ali, porém mesclados com momentos doces e emocionantes que mexem com sentimentos universais envolvendo desde adolescentes até o público idoso. Talvez esteja aí o sucesso da série.

Ao acompanhar uma comunidade pequena que se apoia e se preocupa em cuidar um do outro acima de tudo, a série volta aos rumos. Há espaço novamente para as lágrimas de emoção e o encantamento.

Ainda que muitos segredos tenham sido revelados na nova temporada —entre eles quem é o verdadeiro pai do bebê da protagonista Mel (Alexandra Breckenridge)— sobram ganchos para uma quinta temporada que já está confirmada e é muito aguardada.

O sucesso de "Virgin River" prova que nem sempre o público só dá atenção para crimes, violência ou mistério. Há sempre quem prefira o conforto de acompanhar uma série um pouco menos tensa.

Como diz o subtítulo em português escolhido para o livro de Robyn Carr, que inspirou a série, "Virgin River" é "um lugar para sonhar". E às vezes tudo o que o público quer é se perder um pouco nesse lugar paradisíaco.