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Sucesso nos anos 70, James Caan lutou contra drogas para retornar ao cinema

James Caan, ator de "O Poderoso Chefão", morre aos 82 anos - Getty Images
James Caan, ator de 'O Poderoso Chefão', morre aos 82 anos Imagem: Getty Images

De Splash, no Rio

07/07/2022 15h50

Conhecido pelo papel de Sonny Corleone em "O Poderoso Chefão" (1972), o ator James Caan faleceu aos 82 anos ontem. A informação foi confirmada pela família do artista no Twitter, mas não revelou a causa da morte. Famosos usaram as redes sociais para lamentar o falecimento.

Ele quase fiou de fora do filme dirigido por Ford Coppola, pois inicialmente fez testes para o personagem Michael Corleone, que ficou com Al Pacino. Ele, então, ficou com o papel do irmão mais velho de Corleone, Sonny. Esse trabalho ficou marcado pela cena do personagem, uma das mais difíceis de sua carreira, contou o ator em entrevista. A atuação lhe rendeu sua única indicação ao Oscar.

Depois disso, tornou-se um dos principais nomes da década de 1970 em Hollywood, atuando em produções como a comédia policial "Freebie and the Bean" (1974), ao lado de Alan Arkin, e o distópico ficcional "Rollerball" (1975). Ele também estrelou o filme musical de Barbra Streisand, "Funny Lady" (1975).

No entanto, no início da década de 1980, viveu um dos momentos mais difíceis da sua vida ao ficar afastado dos holofotes devido a morte de sua irmã e o vício às drogas. Ele estrelaria o o thriller "The Holcroft Covenandt", mas foi substituído por Michael Cnine e ficou afastado do mundo da atuação até 1987 quando o parceiro Ford Coppola o convidou para participar do drama de guerra do Vietnã "Jardins de Pedra".

Origem e primeiros passos

James Edmund Caan nasceu em 26 de março de 1940 em Nova York, nos Estados Unidos, filho dos imigrantes alemães Sophie Caan e Arthur Caan. Disposto a não seguir a carreira do pai como açougueiro, ele pensou inicialmente em ser jogador de futebol, mas se interessou em atuar depois de estudar na Universidade Hofstra, também em Nova York.

Foi na universidade que ele conheceu o amigo e parceiro de trabalho Francis Ford Coppola. Na sequência, entrou para a Escola de Teatro do Bairro Playhouse, sendo creditado pela primeira vez em uma produção da Broadway em 1961 sobre a Segunda Guerra Mundial.

Seu primeiro papel de destaque foi em "The Glory Guys", projeto que lhe trouxe um Globo de Ouro em 1965. Depois, conseguiu engatar outros papeis como "El Dorado" (1966), "Countdown" (1967) e "Seis Não Regressaram" (1968).

Já em "The Rain People", filme dirigido por Coppola lançado em 1969, no qual Caan interpretou uma ex-estrela de futebol universitário que. Lgo depois, em 1972, veio "O Poderoso Chefão" ("The Goodfather" em inglês), também dirigido por Coppola, para consolidar sua carreira.

Últimas décadas

Da década de 1990 até hoje, o ator participou de mais de 20 filmes. Dentre eles, "Por Trás das Cenas", "Para Eles, com Muito Amor", "Miséria", "Lua de mel em Las Vegas", "Carne e Osso", "Borracha", "Misericórdia", "Laços de sangue", "O conto da princesa Kaguya", "Olhos azuis do Mickey" e "Vovô disfarçado".

Além da sétima arte, Caan participou de projetos para a TV como "Las Vegas", "JL Ranch", "De volta ao jogo", e "Um vislumbre do inferno". Ele também teve um papel na animação de sucesso em "Tá Chovendo Hambúrguer" e na comédia natalina "Elfo".

O ator atuou na comédia romântica "As donas do pedaço" (2021), lançada no Brasil em junho. Ainda há três produções inéditas que o artista estava envolvido: "Gun Monkeys", de Phillip Noyce, com Morena Baccarin e Pierce Brosnan; "Redemption", de Tom Burruss; "Acre beyond the rye", de André Gordon.

Caan se casou quatro vezes, com Dee Jay Mathis, de 1961 a 1966, Sheila Marie Ryan, de 1975 a 1976, Ingrid Hajek, de 1990 a 1994, e Linda Stokes, de 1995 a 2017. Ele deixa cinco filhos: Scott, James Arthur, Tara A., Jacob Nicholas e Alexander James. Scoot é o único que seguiu a carreira do pai e já atuou em filmes como "Gone in 60 Seconds", "Ocean's Eleven" e o reboot de "Hawaii Five-0" -