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Repórter poliglota chama atenção ao fazer cobertura da guerra em 6 idiomas

Rússia x Ucrânia: O repórter Philip Crowther faz a cobertura da guerra em seis idiomas diferentes - Reprodução
Rússia x Ucrânia: O repórter Philip Crowther faz a cobertura da guerra em seis idiomas diferentes Imagem: Reprodução

Colaboração para Splash, em Maceió

04/03/2022 04h00

O repórter luxemburguês Philip Crowther, de 41 anos, tem chamado a atenção por sua fluência em seis idiomas distintos durante a cobertura da guerra travada entre a Rússia e a Ucrânia.

Desde que o conflito foi deflagrado na semana passada, Crowther, que é correspondente internacional da agência de notícias Associated Press, tem feito aparição em diferentes noticiários, em cada situação falando o idioma local.

No total, o jornalista é fluente em inglês, francês, espanhol, português, alemão e luxemburguês.

A notável habilidade do repórter poliglota chamou a atenção dos apresentadores Stephen Colbert ("The Late Show") e Jimmy Fallon ("The Tonight Show").

Eles repercutiram um compilado de Philip em seus respectivos programas, mostrando-se ambos surpresos com a facilidade que o jornalista demonstra em falar diferentes vernáculos.

Philip Crowther já viralizou no Brasil

Natural de Luxemburgo, Philip Crowther já viralizou nas redes sociais brasileiras no ano passado, durante a cobertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, quando impressionou os telespectadores por sua fluência com diversos idiomas — dentre os quais o português.

Crowther se familiarizou com os diferentes vernáculos desde cedo, afinal o país europeu em que nasceu tem o luxemburguês, o francês e o alemão como línguas oficiais.

Em entrevista à Veja no ano passado, o repórter contou que em casa seu pai falava em inglês e sua mãe respondia em alemão. O luxemburguês ele diz ter aprendido "na rua com amigos" e, a partir dos 14 anos, se dedicou a aprender o espanhol. Quando se mudou para Londres, ele decidiu estudar português. O francês é comumente ensinado nas escolas de Luxemburgo.

Philip admite que as habilidades linguísticas facilitam sua vida como repórter e contou que, quando visitou o Brasil e viajou até Manaus, capital do Amazonas, ele conseguiu "circular sozinho", sem a ajuda de tradutor. Isso representa uma facilidade para a obtenção de fontes e histórias singulares que podem ser contadas.

Do Brasil, ele também guarda com carinho o fato de já ter entrevistado o jogador de futebol Pelé, durante uma viagem do ex-atleta à Angola, na África. "Ele foi provavelmente a pessoa mais conhecida e importante que entrevistei na vida", contou.

Atualmente cobrindo a guerra entre a Ucrânia e a Rússia, Philip Crowther já atuou em cenários belicosos ao cobrir a guerra da Líbia, quando esteve "no meio dos combates, com muitas bombas caindo do nosso lado", relatou, ressaltando que teve "muita sorte de sair vivo", mas, ao mesmo tempo, "com a sensação de que alguns perigos são necessários para poder contar certas histórias".