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Comediante Jerry Lewis é acusado de assédio sexual em novo documentário

Jerry Lewis e Karen Sharpe - Imagem: DENISE TRUSCELLO/WIREIMAGE; KEVIN WINTER/GETTY IMAGES
Jerry Lewis e Karen Sharpe Imagem: Imagem: DENISE TRUSCELLO/WIREIMAGE; KEVIN WINTER/GETTY IMAGES

Colaboração para Splash, em São Paulo

23/02/2022 16h07

Quatro anos após sua morte, o comediante americano Jerry Lewis é acusado de assédio e abuso sexual por inúmeras mulheres com quem trabalhou em filmes. Em um novo curta-metragem documental produzido pela Vanity Fair e dirigido por Amy Ziering e Kirby Dick, atrizes como Karen Sharpe e Hope Holiday relatam incidentes envolvendo o ator.

Sharpe, hoje com 87 anos, atuou ao lado de Lewis em "O Bagunceiro Arrumadinho", de 1964. Ela diz que, durante as filmagens, o ator a chamou em seu escritório e começou a se aproximar dela. "Ele me agarrou. Começou a me acariciar. Desabotoou a calça. Francamente, fiquei estupefata."

A atriz lembra levantar as mãos e dizer, "eu não sei se isso é um requerimento para suas atrizes principais, mas não é algo que eu vou fazer," o que deixou o comediante "furioso".

"Eu senti que isso nunca acontecia com ele," diz Sharpe, lembrando que a equipe de filmagem não estava autorizada a falar com ela em filmagens depois do incidente, que fez com que Lewis nunca mais trabalhasse ou mesmo falasse com ela.

Hope Holiday, hoje com 91 anos de idade, diz ter temido que suas cenas fossem inteiramente cortadas do filme de 1961 "O Terror das Mulheres", depois que Lewis a assediou durante as filmagens.

Ela relata, "No primeiro dia de trabalho, ele disse: 'Você pode ir ao vestiário depois? Quero discutir o que vamos filmar amanhã.' Eu me sento e ele me tranca no vestiário. Então ele começa a dizer: 'Sabe, você poderia ser muito atraente se não usasse calça toda hora. Nunca vi você em uma saia, você tem belas pernas e peitos.' Então ele começa a falar comigo sobre sexo."

Ela revela que ele então começou a se tocar na frente dela, lembrando "Eu estava com muito medo, apenas sentei ali e queria tanto sair." As atrizes dizem não terem denunciado Lewis na época pois ele tinha influência demais na Paramount.

O documentário contém entrevistas com outras inúmeras mulheres, incluindo Anna Maria Alberghetti, Lainie Kazan, Jill St. John e Connie Stevens.