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Mônica Marterlli fala como lida com saudade de Paulo Gustavo: 'Ensinamento'

Monica Martelli fala de Paulo Gustavo - Divulgação
Monica Martelli fala de Paulo Gustavo Imagem: Divulgação

Colaboração para Splash, no Rio de Janeiro

23/11/2021 13h08

Durante participação no "Encontro com Fátima Bernardes" de hoje, Mônica Martelli comentou sobre as estátuas em homenagem a Paulo Gustavo, que morreu em maio, vítima da covid-19. A atriz também fala da saudade que sente do amigo e como vem lidado com essa falta.

Para a artista, o legado que o amigo deixou para o Brasil é grandioso e isso a faz enxergar a vida com mais otimismo. "Sempre soube que era um gênio. Ele era amado e se foi. Uma doença que todos podiam pegar, da idade que ele foi, que tinha acesso aos melhores tratamentos, saúde plena... Uma mistura de fatores e muito triste. Essa cena que fizemos em Nova York é o casaco que está na estátua. Me passou na cabeça que Paulo Gustavo, o que ele fez com Niterói, o ensinamento. Vamos viver o agora. Outro ensinamento dele é que a gente não pode esquecer da onde a gente veio. Paulo Gustavo carregava a essência, nunca deixou os amigos dele, nunca deixou de ir para Niterói. Niterói teve um filho ilustre e ele levou para o mundo. Era muito generoso. O Tales doar está continuando esse legado de bondade do Paulo Gustavo. É a mãe do Brasil, olha para dona Herminia, Dona Dea, é um colo de mãe. Junta essas mães. Ajudou muitos meninos que queriam assumir sua questão de gênero, sua opção sexual", pontua.

Ademais, a atriz fala que evita ver trabalhos envolveu Paulo, pois ainda se sente abalada. "Eu tenho muita dificuldade ainda em entrar em contato com os vídeos do Paulo Gustavo. Fico com muita saudade. Sinto o cheiro dele, a risada dele. A obra dele está aí. Mas aquele amigo que te ligava 10 vezes por dia não tem mais. Às vezes eu sinto a necessidade de ouvir a voz dele, aí eu acesso os vídeos", explica.

Martelli ainda fala que os dois eram realmente próximos e que esse detalhe é o que mais deixa marcas: "O luto não é a falta, ele é um excesso da presença. Você acorda pensando na pessoa, toma banho pensando na pessoa, vai dormir pensando nele. O Paulo interferia na minha vida em tudo. Fiquei órfã das opiniões dele de trabalho. Todas as decisões eu contava com ele", afirma.