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Justiça autoriza Johnny Depp a acessar celular de Amber Heard em processo

Johnny Depp recebeu permissão para prosseguir com um processo por difamação de US $ 50 milhões contra ex-mulher, Amber Heard - Reprodução/Instagram
Johnny Depp recebeu permissão para prosseguir com um processo por difamação de US $ 50 milhões contra ex-mulher, Amber Heard Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para Splash, em São Paulo

04/11/2021 17h43Atualizada em 04/11/2021 17h46

Johnny Depp foi autorizado pela justiça dos Estados Unidos a acessar o celular de sua ex-mulher, Amber Heard, no âmbito do processo de difamação que o ator move contra ela.

As informações são do site "Page Six". Com o acesso, Depp terá que provar para os tribunais que as fotos em que Heard aparece com hematomas, amplamente divulgadas pela imprensa e que ela alega serem resultado de uma agressão, foram manipuladas.

O astro entrou com um processo contra Heard no valor de 50 milhões de dólares (cerca de 280 milhões de reais em cotação de hoje). As acusações ganharam as páginas dos jornais pouco depois da separação dos dois, em 2017. Depp nega todas as acusações desde então.

Em agosto, Johnny Depp, de 58 anos, conseguiu permissão para seguir com seu processo de difamação contra a ex-mulher, Amber Heard, 35. O ator está processando Amber com base em um artigo de opinião do Washington Post escrito em 2018, onde Heard contou sobre como sobreviver à violência doméstica, sem citar o nome de Depp.

Em documentos judiciais obtidos pela revista People ontem, uma juíza da Virgínia concedeu ao ator o direito de prosseguir com seu processo, negando o apelo de Heard para encerrar o caso depois que Depp perdeu seu processo por difamação no Reino Unido contra o tablóide britânico The Sun.

Em novembro de 2020, o astro de "Piratas do Caribe" perdeu seu caso contra o tablóide que o chamou de "espancador de mulheres". O tribunal manteve as alegações do meio de comunicação como sendo "substancialmente verdadeiras".

O apelo de Amber Heard para rejeitar o processo de Depp, aberto na Virgínia em março de 2019, veio com o argumento de que a decisão do Reino Unido deveria ter influência sobre os processos nos EUA, uma vez que ambos se centram nas alegações do ator como agressor.

Contudo, a juíza rejeitou o apelo da atriz, dizendo que embora o artigo de Heard e o artigo do The Sun possam ser semelhantes no que diz respeito a alegações de agressão, as declarações feitas pelo tablóide e por Amber em seu artigo foram "inerentemente diferentes".

O caso

Em seu artigo de opinião de dezembro de 2018, Heard escreveu: "Tornei-me uma figura pública que representa a violência doméstica e senti toda a força da ira de nossa cultura contra as mulheres que falam".

Três meses após a publicação, Depp entrou com um processo por difamação contra a atriz no valor US$ 50 milhões.

Na época, os advogados de Depp disseram no processo: "O Sr. Depp nunca abusou da Sra. Heard. Suas alegações contra ele eram falsas quando foram feitas em 2016. Elas foram parte de uma elaborada fraude para gerar publicidade positiva para a Sra. Heard e alavancar sua carreira."

Em uma entrevista ao The Sunday Times do Reino Unido na semana passada, Depp afirmou que houve um "boicote" a ele em Hollywood devido as acusações.