Chafariz, que nada! Mansão de R$ 25 milhões tem avião de guerra no jardim

Chafarizes, gnomos, sapos e outros bichos são objetos que comumente vemos em decorações de jardim. Mas uma mansão em Petersfield, no interior da Inglaterra, tem um artefato curioso: um raro avião de guerra de 14 metros de comprimento.

O jato desativado Harrier II GR7 do jardim da propriedade Durford Wood é um de apenas oito que ainda existem no mundo, segundo o jornal The New York Post. O modelo de aeronave, produzido a partir dos anos 1980, foi usado tanto pelo exército americano quanto pela RAF (Royal Air Force ou Força Aérea Britânica).

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Imagem: Divulgação/Savills

O "avião de jardim" foi aposentado em 2008 e comprado em 2015 por Peter Robinson por cerca de 100 mil libras (pouco mais de R$ 626 mil, sem considerar a correção monetária) direto do Ministério da Defesa do Reino Unido, contou o proprietário da mansão ao jornal britânico The Times. Ele disse ainda que costuma chamar o avião de seu "gnomo de jardim".

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Imagem: Divulgação/Savills

"Eu pensei, sabe... Um cara qualquer que gosta de um jato Harrier e tem uma janela compra um modelo de brinquedo de 20 centímetros e coloca no parapeito. De diversas formas, acho que isso não é diferente. Eu sou só sortudo o suficiente de ter um parapeito muito grande", se divertiu o milionário à publicação.

O imóvel

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Imagem: Divulgação/Savills

Avaliada em 3,95 milhões de libras (quase R$ 25 milhões), a mansão está à venda e tem 782,5 metros quadrados. O avião (incluso no preço da mansão) é apenas algum dos atrativos do terreno de quatro hectares da residência, que possui jardins assinados por Gertrude Jekyll, celebrada horticultora e designer de jardins da Era Vitoriana.

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A casa histórica de 100 anos foi concebida pelo arquiteto Inigo Triggs e tem seis dormitórios, quatro banheiros e outras seis áreas comuns como ampla cozinha bem equipada, sala de estar com lareira, terraço e varanda.

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Imagem: Divulgação/Savills

O anexo ao imóvel, batizado The Hollow, oferece ainda quatro quartos, três banheiros (dois são suítes), cozinha em conceito aberto, sala de estar e sala de jantar no mezanino. Ela ainda oferece acesso ao pátio externo coberto, ao terraço, aos deques e ao lago dos jardins.

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Imagem: Divulgação/Savills

O avião vai ou fica?

O atual proprietário, matemático que trabalhou para o Ministério da Defesa do Reino Unido, conta que, apesar de seu apego ao avião, pretende viver em um endereço menor agora que seus filhos estão crescidos e por isso decidiu vender a mansão. Nem todos os membros da família concordam com o destino da aeronave, contudo.

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Imagem: Divulgação/Savills

"Meu filho mais velho não quer que eu me livre dele, com toda a certeza", revelou ao jornal. Ele gostaria, contudo, de evitar mover a aeronave, já que o processo de instalação dela no jardim não foi nada fácil. Daí a decisão de não acrescentar o preço do avião à casa no valor pedido no anúncio imobiliário, o que pode tornar o negócio mais atrativo a potenciais interessados e apaixonados por aviação.

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'Meu Deus, o que eu fiz?'

"[O avião] veio em dois caminhões articulados — era muito mais enorme do que imaginei. A fuselagem veio em um caminhão e, quando ele fez a curva e entrou na propriedade, eu pensei de repente que tinha comprado um Concorde, pois era tão grande. Pensei: 'meu Deus, o que eu fiz?'", relembrou.

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A situação piorou quando um pedaço do jato caiu de um dos caminhões sem ser percebido pelos motoristas. O pequeno acidente interrompeu o tráfego próximo ao endereço durante duas horas, em ambas as direções. "Todo mundo que olhava os pedaços na estrada e assumia que era uma porta de avião, mas eles não faziam ideia de onde tinha vindo."

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Imagem: Divulgação/Savills

Robinson teve problemas até para encontrar uma peça substituta. "Falei com as pessoas de quem comprei o avião e eles me disseram: 'não importa o que você faça, não diga nada à polícia'. Mas depois de algumas semanas, liguei novamente e eles acharam a história engraçada desta vez —então me deram [outra peça]. Estou guardando como reserva, porque já tínhamos encontrado uma substituta em outro lugar".

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Imagem: Divulgação/Savills

As lembranças do perrengue, todavia, fizeram Robinson acreditar que retirar o avião do local e movê-lo pela rodovia novamente seria dificílimo. Mas, caso o novo dono não goste da ideia de ter um avião no jardim, ele já tem planos B para o jato: doar para um museu ou, em último caso, arriscar a sorte com o caminhão de mudança e tentar mantê-lo na família.

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