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Presidência da União Europeia analisa proibir vistos para todos os russos

O turismo dos russos na União Europeia durante a guerra contra a Ucrânia pode estar com os dias contados - Getty Images/iStockphoto
O turismo dos russos na União Europeia durante a guerra contra a Ucrânia pode estar com os dias contados Imagem: Getty Images/iStockphoto

da AFP

12/08/2022 16h42

A República Tcheca, que detém a presidência rotativa da União Europeia (UE), considerou nesta sexta-feira (12) que a proibição de visto para todos os viajantes russos pode ser a próxima sanção do bloco contra a Rússia.

"O congelamento total de vistos russos por todos os Estados-membros da UE pode ser outra sanção muito eficaz", disse o ministro das Relações Exteriores tcheco, Jan Lipavsky, em comunicado obtido pela AFP.

Lipavsky disse que faria a proposta em uma reunião informal dos ministros das Relações Exteriores da UE em Praga no final de agosto. As autoridades ucranianas exigem que a UE tome essa medida, que divide os países do bloco, obrigados a adotar sanções por unanimidade.

"Neste período de agressão russa, que o Kremlin continua intensificando, não se pode falar de turismo comum para cidadãos russos", disse Lipavsky. A República Tcheca parou de emitir vistos para russos desde 25 de fevereiro, um dia após a invasão russa da Ucrânia. Até agora, a UE adotou seis pacotes de sanções contra a Rússia.

O presidente ucraniano Volodymir Zelensky pediu aos países ocidentais que proíbam todos os cidadãos russos de entrar, em uma entrevista com o jornal Washington Post esta semana.

O ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Pekka Haavisto, apresentou um plano na semana passada para limitar os vistos de turista para os russos.

Kaja Kallas, primeira-ministra da Estônia, também na fronteira com a Rússia, pediu à UE que pare de emitir vistos para russos no início desta semana.

"Visitar a Europa é um privilégio, não um direito humano", escreveu ela no Twitter na terça-feira. Lipavsky disse que a medida enviaria "um sinal muito claro e direto à sociedade russa".

Isso mostraria que "o mundo ocidental não tolera a agressão e a retórica de ódio do regime russo contra países livres e democráticos que não representam uma ameaça à Rússia", acrescentou.