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COI suspende ex-atleta Fredericks em caso de compra de votos para Rio 2016

Frankie Fredericks conduz a tocha olímpica no Rio de Janeiro - Rio 2016/Fernando Soutello
Frankie Fredericks conduz a tocha olímpica no Rio de Janeiro Imagem: Rio 2016/Fernando Soutello

07/11/2017 15h31

O ex-velocista namibiano Frankie Fredericks, de 50 anos de idade, foi suspenso pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta terça-feira (7) depois de ter sido submetido a investigação na França sobre as alegações de compra de votos para o Rio de Janeiro conquistar o direito de sediar os Jogos de 2016.

Fredericks, que ganhou quatro medalhas de prata somando suas participações nas Olimpíadas de 1992 e 1996, é suspeito de receber subornos e de lavagem de dinheiro. A acusação foi feita na sexta-feira e partiu de uma fonte próxima ao inquérito na França.

O ex-atleta, que apareceu diante de um magistrado francês na quinta-feira, já havia negado denúncias de corrupção. 

O COI disse em comunicado que seu conselho executivo decidiu suspender Fredericks depois de "considerar a gravidade e a urgência da situação e seu impacto na reputação do COI".

Fredericks já está sendo investigado pela unidade global de integridade do atletismo sobre pagamentos que recebeu de Papa Massata Diack, filho do ex-chefe mundial de atletismo Lamine Diack, no dia em que o Rio ganhou a votação para sediar a Olimpíada de 2016.

O ex-atleta disse anteriormente que um pagamento de 300.000 dólares (cerca de R$ 981,8 mil) para sua empresa foi recompensa por trabalho legítimo.

Fredericks também era do conselho da Iaaf, entidade que controla o atletismo mundial, até ser suspenso em julho, aguardando o resultado da investigação da unidade de integridade.

O Rio venceu Chicago, Tóquio e Madri em 2009 para ficar com os Jogos de 2016.

No mês passado, o COI suspendeu o então presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Arthur Nuzman, após acusações de ligação com a suposta compra de votos para a Rio 2016.

Nuzman é acusado de intermediar 2 milhões de dólares (aproximadamente R$ 6,5 milhões) em subornos para garantir a escolha do Rio. Ele nega qualquer irregularidade.