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Entidades cobram ação da Fórmula 1 contra violação de direitos no Bahrein

25/11/2020 14h25

Manama, 25 nov (EFE).- Um conjunto de 16 ONGs e entidades sindicais cobrou nesta quarta-feira o americano Chase Carey, diretor-executivo da Fórmula 1, para que exerça a influência da categoria para pressionar o governo do Bahrein a respeitar os direitos humanos.

O grupo enviou uma carta ao dirigente, que foi tornada pública na semana em que o país do Golfo Pérsico recebe o primeiro de duas etapas consecutivas da categoria, que acontecerão em diferentes traçados no circuito localizado na cidade de Sakhir.

"Apesar da decisão da Fórmula 1 de adotar uma política de direitos humanos, em 2015, as violações relacionadas ao Grande Prêmio do Bahrein continuaram", aponta o texto.

O Instituto para os Direitos e a Democracia do Bahrein (BIRD, pela sigla em inglês), apontou que, com as duas provas em 2020, a F-1 pode "fazer um valioso serviço de relações públicas ao governo e normalizar ainda mais as violações dos direitos humanos no país".

Na carta as organizações civis, incluindo a BIRD, são citados como o caso de Salah Abas, "preso, agredido e morto a tiro" durante um protesto na véspera do GP de Fórmula 1 realizado em 2012; e de Najah Yusuf, "torturada, violentada sexualmente e condenada a três anos de prisão", após ter criticado a realização da prova, em 2017.

No texto, é pedido que Carey utilize a influência que tem para cobrar que o governo do Bahrein indenize as vítimas de violações de direitos e não persiga quem se manifestar de forma pacífica contra as corridas da categoria no país.

Devido a suspensão de várias provas da Fórmula 1, por causa da pandemia da Covid-19, além do Grande Prêmio do país, marcado para o próximo fim de semana, haverá também o GP o Sakhir, no seguinte, em traçado alternativo.