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Dirigente da Fifa se diz satisfeito com medidas legais adotadas na pandemia

25/11/2020 18h31

Madri, 25 nov (EFE).- O diretor jurídico da Fifa, Emilio García Silvero, admitiu ter ficado satisfeito nesta quarta-feira com a sequência das competições e com as normas estipuladas pela entidade durante a pandemia da Covid-19, durante participação no fórum virtual World Football Summit.

"A Fifa criou um grupo de trabalho com a FIFPro (sindicato de jogadores), clubes, ligas e confederações, para adotar regras e ajudar a todos. Olhando para trás e vendo agora o resultado destas medidas, todos estamos felizes", indicou o dirigente.

"O futebol deve estar desejoso de continuar, mas o impacto continuará por três, quatro, cinco anos. Teremos que monitorá-lo e, provavelmente, em 2021, teremos que fazer ajustes extras na regulação", completou.

García Silvero foi um dos participantes nesta quarta-feira de uma mesa-redonda sobre integridade no futebol e as implicações legais diante da pandemia. Também participaram Alessandra Bruinewoud, da FIFPro, Andrew Mercer, diretor jurídico da Confederação Asiática de Futebol, e Benoit Pasqueur, da BP Sports Law.

Para Garcia Silvero, o futebol deve estar ansioso pela continuação das competições e satisfeito que o impacto da Covid-19 na saúde dos jogadores e treinadores seja limitado, embora todos devam ser cautelosos e responsáveis.

"Há um interesse comum, diante de um problema complexo. Todos devemos ser cautelosos, jogadores e instituições, mas estarmos conscientes dos riscos e continuar a trabalharmos em conjunto, em cooperação com a FIFPro e as confederações, para os desafios de 2021", afirmou o dirigente.

Alessandra Bruinewoud, por sua vez, considerou que foram dados os "passos necessários" para que se adapte à nova situação e ainda elogiou a Fifa, por ter escutado todos os envolvidos para encontrar as melhores soluções.

Tendo em conta a influência que a atual crise pode ter nos contratos dos jogadores, a representante da FIFPro afirmou que os clubes não podem alterar unilateralmente as condições dos acordos já existentes, porque se trata de uma relação de trabalho que está regulamentada.

"Na FIFPro, estamos preocupados com o número de jogos a serem disputados e com o risco para a saúde, por isso acreditamos que devemos nos concentrar na negociação do calendário internacional. Temos de aplicar corretamente os protocolos para que todos estejam na melhor posição, os jogadores para jogar e os clubes para competir", disse.

Andrew Mercer, da Confederação Asiática de Futebol, avaliou que a resposta juríica à crise "tem sido tremendamente positiva, com todas as partes unidas e agências muito pró ativas, incluindo a Fifa". Já Benoit Pasqueur, da BP Sports Law, levantou a necessidade de terse levar em conta circunstâncias excepcionais na interpretação dos contratos.