Em noite de recorde de Messi, Argentina goleia Venezuela e vai às semifinais
Foxborough, 18 jun (EFE).- A Argentina cumpriu o favoritismo e se classificou para as semifinais da Copa América ao vencer a Venezuela por 4 a 1 neste sábado no Gillette Stadium, em Foxborough, com um gol de Lionel Messi, que se tornou o maior goleador da história da bicampeã mundial, igualando Gabriel Batistuta.
Messi completou a 111ª partida com a camisa azul e branca e tem agora 54 gols, mesmo número de 'Batigol', que defendeu a seleção de seu país 77 vezes. De quebra, o Bola de Ouro da Fifa se isolou na artilharia da edição comemorativa do centenário da competição continental, com quatro bolas na rede.
Recuperado das dores nas costas, causadas por uma pancada recebida em amistoso de preparação contra Honduras, em 28 de maio, Messi foi titular pela primeira vez nesta Copa América e não decepcionou. O artilheiro da noite, porém, foi Higuaín, com dois gols. Lamela também marcou, e Rondón fez o de honra dos venezuelanos, que ainda desperdiçaram um pênalti, com Seijas, reforço do Internacional para o restante da temporada.
Sem conquistar um título com a equipe principal desde 1993, a Argentina terá pela frente agora os Estados Unidos, em jogo marcado para a próxima terça-feira, no NRG Stadium, em Houston. Os donos da casa eliminaram o Equador na última quinta. Curiosamente, no ano passado, a equipe dirigida por Gerardo Martino perdeu na final para o anfitrião, que nessa ocasião foi o Chile.
Gerardo Martino teve apenas um desfalque, o meia Di María, que machucou a coxa e foi substituído por Gaitán. Na disputa entre volantes pela titularidade, Fernández levou a melhor contra Biglia.
Na seleção venezuelana, a baixa foi o lateral-direito Rosales, que acusou problemas musculares desde a vitória sobre o Uruguai, pela segunda rodada, e desde então não vem jogando. González foi mais uma vez o escolhido para a vaga.
A 'Albiceleste' não deu muito tempo para que a adversária gostasse do jogo, marcou território no ataque e abriu o placar logo aos sete minutos de bola rolando. Messi dominou na meia direita, perto da linha lateral, e descolou passe milimétrico dentro da área para Higuaín, que arrematou rasteiro e fez 1 a 0.
A defesa da Venezuela bateu cabeça pela primeira vez aos 11 minutos, quando Ángel se enrolou com o quique da bola na frente da área e trombou com o goleiro Dani Hernández. Messi ficou com a sobra e tentou por cobertura, mas executou mal o chute e errou o alvo por muito.
Messi não é de apelar para o cai-cai. Se o mexicano Roberto García tivesse se lembrado disso, certamente teria marcado pênalti claro sofrido pelo craque, aos 20 minutos. O capitão argentino invadiu a área pela esquerda, levou uma rasteira de Figuera e caiu, mas o árbitro nada marcou.
A penalidade não fez falta, já que a retaguarda da 'Vinotinto' continuou falhando e presenteando a bicampeã mundial. Aos 27 minutos, Figuera tocou para trás buscando Ángel, mas errou e deu um presente para Higuaín, que driblou o goleiro, tocou para o gol vazio e marcou mais um.
Não se pode dizer que a Venezuela estava recuada, mas a maioria das ações ofensivas da equipe eram mal executadas. A primeira chance mais clara apareceu aos 34 minutos, quando Figuera ganhou de Mascherano na intermediária, Rondón recolhou e chutou forte, exigindo boa defesa de Romero.
A partir daí, a lanterna das Eliminatórias para a Copa de 2018 cresceu, e a Argentina escapou por muito pouco de ver a vantagem diminuir. Aos 39 minutos, Guerra bateu escanteio e Róndon cabeceou na trave. Dois minutos depois, Feltscher encheu o pé de fora da área, a bola desviou e ia passando por cima de Romero, que, no entanto, se recuperou e colocou para escanteio.
A insistência deu frutos aos 43 minutos, quando Josef Martínez sofreu pênalti de Romero. Entretanto, Seijas cobrou com cavadinha, como inclusive já havia feito durante a Taça Libertadores pelo Indepediente Santa Fé, e o camisa 1 argentino pegou firme sem problemas.
Pressionada pouco antes do intervalo, a 'Albiceleste' voltou mais atenta do vestiário e criou uma boa oportunidade aos três minutos do segundo tempo. Gaitán, discreto na etapa inicial, entrou na área pela esquerda e procurou Higuaín, mas a marcação afastou. Aos dez, a bola foi de pé em pé no ataque argentino até chegar aos pés de Fernández, que bateu de direita e errou a meta por pouco.
O gol que permitiu Messi igualar Batistuta aconteceu na sequência, aos 14 minutos, em mais uma bobeada da defesa venezuelana. Gaitán aproveitou e tocou da esquerda para o meio para o Bola de Ouro da Fifa, que bateu firme e aumentou.
O sistema defensivo da 'Vinotinto' deixou a desejar, mas o ataque foi bem, e a recompensa veio em forma de gol de honra, aos 25. Guerra cruzou da esquerda e, bem posicionado, Rondón cabeceou para o chão, no canto esquerdo, para descontar.
Porém, a comemoração durou pouco mais de um minuto, tempo suficiente para que Lamela, que substituíra Gaintán pouco antes, assinalar o quarto da Argentina. Messi tocou de primeira, o jogador do Tottenham chutou sem muita força com o pé direito, que não é bom, mas Dani Hernández aceitou.
Messi ainda poderia ter se isolado de Batistuta no recorde, mas a finalização de fora da área, aos 30 minutos, passou à esquerda do alvo.
A partir de então, o ritmo do jogo caiu. A Venezuela já não tinha forças nem motivação para atacar, e a atual vice-campeã continental passou a administrar o placar à espera do apito final. Fernández ainda incomodou com um cruzamento fechado buscando Agüero, aos 42, mas a defesa desta vez levou a melhor e saiu jogando.
Ficha técnica:.
Argentina: Romero; Mercado, Otamendi, Funes Mori e Rojo; Mascherano, Fernández e Banega (Biglia); Messi, Gaitán (Lamela) e Higuaín (Agüero). Técnico: Gerardo Martino.
Venezuela: Dani Hernández; González, Ángel, Vizcarrondo e Feltscher; Rincón (Velázquez), Figuera, Guerra e Seijas (Juanpi); Josef Martínez (Del Valle) e Rondón. Técnico: Rafael Dudamel.
Árbitro: Roberto García (México), auxiliado pelos compatriotas Roberto García José Camargo e Alberto Morin.
Cartões amarelos: Gaitán (Argentina); Seijas, Ángel e Rondón (Venezuela).
Gols: Higuaín (2x), Messi e Lamela (Argentina); Rondón (Venezuela).
Estádio: Gillette Stadium, em Foxborough (EUA).
Messi completou a 111ª partida com a camisa azul e branca e tem agora 54 gols, mesmo número de 'Batigol', que defendeu a seleção de seu país 77 vezes. De quebra, o Bola de Ouro da Fifa se isolou na artilharia da edição comemorativa do centenário da competição continental, com quatro bolas na rede.
Recuperado das dores nas costas, causadas por uma pancada recebida em amistoso de preparação contra Honduras, em 28 de maio, Messi foi titular pela primeira vez nesta Copa América e não decepcionou. O artilheiro da noite, porém, foi Higuaín, com dois gols. Lamela também marcou, e Rondón fez o de honra dos venezuelanos, que ainda desperdiçaram um pênalti, com Seijas, reforço do Internacional para o restante da temporada.
Sem conquistar um título com a equipe principal desde 1993, a Argentina terá pela frente agora os Estados Unidos, em jogo marcado para a próxima terça-feira, no NRG Stadium, em Houston. Os donos da casa eliminaram o Equador na última quinta. Curiosamente, no ano passado, a equipe dirigida por Gerardo Martino perdeu na final para o anfitrião, que nessa ocasião foi o Chile.
Gerardo Martino teve apenas um desfalque, o meia Di María, que machucou a coxa e foi substituído por Gaitán. Na disputa entre volantes pela titularidade, Fernández levou a melhor contra Biglia.
Na seleção venezuelana, a baixa foi o lateral-direito Rosales, que acusou problemas musculares desde a vitória sobre o Uruguai, pela segunda rodada, e desde então não vem jogando. González foi mais uma vez o escolhido para a vaga.
A 'Albiceleste' não deu muito tempo para que a adversária gostasse do jogo, marcou território no ataque e abriu o placar logo aos sete minutos de bola rolando. Messi dominou na meia direita, perto da linha lateral, e descolou passe milimétrico dentro da área para Higuaín, que arrematou rasteiro e fez 1 a 0.
A defesa da Venezuela bateu cabeça pela primeira vez aos 11 minutos, quando Ángel se enrolou com o quique da bola na frente da área e trombou com o goleiro Dani Hernández. Messi ficou com a sobra e tentou por cobertura, mas executou mal o chute e errou o alvo por muito.
Messi não é de apelar para o cai-cai. Se o mexicano Roberto García tivesse se lembrado disso, certamente teria marcado pênalti claro sofrido pelo craque, aos 20 minutos. O capitão argentino invadiu a área pela esquerda, levou uma rasteira de Figuera e caiu, mas o árbitro nada marcou.
A penalidade não fez falta, já que a retaguarda da 'Vinotinto' continuou falhando e presenteando a bicampeã mundial. Aos 27 minutos, Figuera tocou para trás buscando Ángel, mas errou e deu um presente para Higuaín, que driblou o goleiro, tocou para o gol vazio e marcou mais um.
Não se pode dizer que a Venezuela estava recuada, mas a maioria das ações ofensivas da equipe eram mal executadas. A primeira chance mais clara apareceu aos 34 minutos, quando Figuera ganhou de Mascherano na intermediária, Rondón recolhou e chutou forte, exigindo boa defesa de Romero.
A partir daí, a lanterna das Eliminatórias para a Copa de 2018 cresceu, e a Argentina escapou por muito pouco de ver a vantagem diminuir. Aos 39 minutos, Guerra bateu escanteio e Róndon cabeceou na trave. Dois minutos depois, Feltscher encheu o pé de fora da área, a bola desviou e ia passando por cima de Romero, que, no entanto, se recuperou e colocou para escanteio.
A insistência deu frutos aos 43 minutos, quando Josef Martínez sofreu pênalti de Romero. Entretanto, Seijas cobrou com cavadinha, como inclusive já havia feito durante a Taça Libertadores pelo Indepediente Santa Fé, e o camisa 1 argentino pegou firme sem problemas.
Pressionada pouco antes do intervalo, a 'Albiceleste' voltou mais atenta do vestiário e criou uma boa oportunidade aos três minutos do segundo tempo. Gaitán, discreto na etapa inicial, entrou na área pela esquerda e procurou Higuaín, mas a marcação afastou. Aos dez, a bola foi de pé em pé no ataque argentino até chegar aos pés de Fernández, que bateu de direita e errou a meta por pouco.
O gol que permitiu Messi igualar Batistuta aconteceu na sequência, aos 14 minutos, em mais uma bobeada da defesa venezuelana. Gaitán aproveitou e tocou da esquerda para o meio para o Bola de Ouro da Fifa, que bateu firme e aumentou.
O sistema defensivo da 'Vinotinto' deixou a desejar, mas o ataque foi bem, e a recompensa veio em forma de gol de honra, aos 25. Guerra cruzou da esquerda e, bem posicionado, Rondón cabeceou para o chão, no canto esquerdo, para descontar.
Porém, a comemoração durou pouco mais de um minuto, tempo suficiente para que Lamela, que substituíra Gaintán pouco antes, assinalar o quarto da Argentina. Messi tocou de primeira, o jogador do Tottenham chutou sem muita força com o pé direito, que não é bom, mas Dani Hernández aceitou.
Messi ainda poderia ter se isolado de Batistuta no recorde, mas a finalização de fora da área, aos 30 minutos, passou à esquerda do alvo.
A partir de então, o ritmo do jogo caiu. A Venezuela já não tinha forças nem motivação para atacar, e a atual vice-campeã continental passou a administrar o placar à espera do apito final. Fernández ainda incomodou com um cruzamento fechado buscando Agüero, aos 42, mas a defesa desta vez levou a melhor e saiu jogando.
Ficha técnica:.
Argentina: Romero; Mercado, Otamendi, Funes Mori e Rojo; Mascherano, Fernández e Banega (Biglia); Messi, Gaitán (Lamela) e Higuaín (Agüero). Técnico: Gerardo Martino.
Venezuela: Dani Hernández; González, Ángel, Vizcarrondo e Feltscher; Rincón (Velázquez), Figuera, Guerra e Seijas (Juanpi); Josef Martínez (Del Valle) e Rondón. Técnico: Rafael Dudamel.
Árbitro: Roberto García (México), auxiliado pelos compatriotas Roberto García José Camargo e Alberto Morin.
Cartões amarelos: Gaitán (Argentina); Seijas, Ángel e Rondón (Venezuela).
Gols: Higuaín (2x), Messi e Lamela (Argentina); Rondón (Venezuela).
Estádio: Gillette Stadium, em Foxborough (EUA).
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.