Face amável da Uefa, Infantino chega à presidência da Fifa
Óscar González.
Zurique (Suíça), 26 fev (EFE).- O suíço Gianni Infantino, eleito nesta sexta-feira como novo presidente da Fifa, passou da liderança da Uefa à entidade máxima do futebol mundial referendado pelo apoio de jogadores, treinadores e das duas confederações mais poderosas do planeta.
Infantino venceu as eleições mais incertas da história da Fifa, em segundo turno, com 115 votos, superando o xeque árabe Salman bin Ebrahim al-Khalifa, que recebeu 88, o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein (4) e o francês Jerome Champagne (0), durante o Congresso Extraordinário realizado em Zurique. Na primeira rodada, Infantino tinha obtido 88 votos, contra 85 de Khalifa, 27 de Ali e 7 de Champagne. O outro candidato, o sul-africano Tokyo Sexwale, desistiu da disputa antes da votação inicial.
Nascido em Brig (Suíça) em 23 de março de 1970, Infantino foi a face amável da Uefa, o simpático condutor dos sorteios da Liga dos Campeões que tentava fazer compreensíveis os regulamentos da primeira fase e que, após a suspensão de Michel Platini, deu o passo à frente para liderar a reconstrução da Fifa.
Poliglota - fala perfeitamente inglês, francês, italiano, alemão e espanhol -, o novo presidente da Fifa chega ao cargo tendo no currículo como conquistas a implantação do Fair Play financeiro, que introduziu o controle econômico nos clubes europeus, e a expansão da Eurocopa para 24 seleções, ideia que tenta agora levar à Copa do Mundo, com um total de 40 seleções.
Mas, sobretudo, Infantino teve o apoio de pessoas de peso no futebol. Luis Figo, Roberto Carlos, Fernando Hierro, Samuel Eto'o e Cafu reforçaram sua campanha, assim como treinadores como José Mourinho, Fabio Capello e Alex Ferguson, além da Associação Europeia de Clubes, apesar de suas reservas quanto à ampliação da Copa do Mundo.
Por outro lado, ele foi visto por alguns como o candidato do "status quo": outro suíço, nascido a apenas 10 quilômetros de distância da cidade natal de Joseph Blatter, e que foi fiel até o último momento a Michel Platini, mais um ilustre acusado no escândalo de corrupção na Fifa.
Para desmentir essa sensação, Infantino realizou uma extenuante campanha que começou no Cairo e terminou em Robben Island, na penitenciária onde esteve preso Nelson Mandela. Segundo suas palavras, ele deu "cinco vezes a volta ao mundo" nesta corrida eleitoral.
Infantino prometeu um secretário-geral africano e se aproximou da Conmebol quando a entidade quase se dividiu entre os que o apoiavam e os que não.
Agora, Infantino tem pela frente a tarefa de conduzir a maior reestruturação da história da Fifa, promovendo mudanças que devem acabar com as críticas de corrupção, apagar o fogo em torno da eleição das sedes das Copas de 2018 e 2022 e atrair patrocinadores, porque a Fifa anunciou que fechou 2015 com prejuízo, o que aconteceu pela primeira vez em um ano desde 2002.
Zurique (Suíça), 26 fev (EFE).- O suíço Gianni Infantino, eleito nesta sexta-feira como novo presidente da Fifa, passou da liderança da Uefa à entidade máxima do futebol mundial referendado pelo apoio de jogadores, treinadores e das duas confederações mais poderosas do planeta.
Infantino venceu as eleições mais incertas da história da Fifa, em segundo turno, com 115 votos, superando o xeque árabe Salman bin Ebrahim al-Khalifa, que recebeu 88, o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein (4) e o francês Jerome Champagne (0), durante o Congresso Extraordinário realizado em Zurique. Na primeira rodada, Infantino tinha obtido 88 votos, contra 85 de Khalifa, 27 de Ali e 7 de Champagne. O outro candidato, o sul-africano Tokyo Sexwale, desistiu da disputa antes da votação inicial.
Nascido em Brig (Suíça) em 23 de março de 1970, Infantino foi a face amável da Uefa, o simpático condutor dos sorteios da Liga dos Campeões que tentava fazer compreensíveis os regulamentos da primeira fase e que, após a suspensão de Michel Platini, deu o passo à frente para liderar a reconstrução da Fifa.
Poliglota - fala perfeitamente inglês, francês, italiano, alemão e espanhol -, o novo presidente da Fifa chega ao cargo tendo no currículo como conquistas a implantação do Fair Play financeiro, que introduziu o controle econômico nos clubes europeus, e a expansão da Eurocopa para 24 seleções, ideia que tenta agora levar à Copa do Mundo, com um total de 40 seleções.
Mas, sobretudo, Infantino teve o apoio de pessoas de peso no futebol. Luis Figo, Roberto Carlos, Fernando Hierro, Samuel Eto'o e Cafu reforçaram sua campanha, assim como treinadores como José Mourinho, Fabio Capello e Alex Ferguson, além da Associação Europeia de Clubes, apesar de suas reservas quanto à ampliação da Copa do Mundo.
Por outro lado, ele foi visto por alguns como o candidato do "status quo": outro suíço, nascido a apenas 10 quilômetros de distância da cidade natal de Joseph Blatter, e que foi fiel até o último momento a Michel Platini, mais um ilustre acusado no escândalo de corrupção na Fifa.
Para desmentir essa sensação, Infantino realizou uma extenuante campanha que começou no Cairo e terminou em Robben Island, na penitenciária onde esteve preso Nelson Mandela. Segundo suas palavras, ele deu "cinco vezes a volta ao mundo" nesta corrida eleitoral.
Infantino prometeu um secretário-geral africano e se aproximou da Conmebol quando a entidade quase se dividiu entre os que o apoiavam e os que não.
Agora, Infantino tem pela frente a tarefa de conduzir a maior reestruturação da história da Fifa, promovendo mudanças que devem acabar com as críticas de corrupção, apagar o fogo em torno da eleição das sedes das Copas de 2018 e 2022 e atrair patrocinadores, porque a Fifa anunciou que fechou 2015 com prejuízo, o que aconteceu pela primeira vez em um ano desde 2002.
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