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Aos 44 anos e prestes a se despedir do UFC, Hunt planeja mais cinco lutas de MMA

Ag. Fight

29/11/2018 06h00

A passagem de Mark Hunt pelo UFC está perto do fim, mas isso não significa que o neozelandês vá pendurar as luvas. O 'Super Samoan' enfrenta Justin Willis neste sábado (1º), no UFC Adelaide, naquela que é a última luta do seu contrato com a maior organização de MMA do mundo. Ciente de que não terá seu vínculo renovado, o peso-pesado quer, ao menos, fechar sua jornada com vitória.

Em entrevista ao site 'MMA Junkie', Hunt declarou que ainda se vê com energia suficiente para continuar a lutar, mesmo aos 44 anos, com praticamente 15 deles dedicados ao MMA profissional - além das artes marciais mistas, Mark ainda teve uma longa carreira no kickboxing. Mas nada disso parece tirar seu desejo de seguir em frente.

"Será a minha última , então estou feliz com isso. Estou satisfeito que o UFC tenha me permitido fazer isso. É ótimo, então agora quero dividir o palco com Tai e Tyson novamente e com todos os caras australianos, o que é ótimo", declarou.

"Estou buscando tentar fazer outras coisas ano que vem. Quero lutar mais cinco vezes, pelo menos, porque ainda tenho o fogo dentro de mim para fazer isso, e seguir a partir daí. Vamos ver o que acontece", acrescentou.

Apesar da vontade de competir, a fase é péssima. Com apenas uma vitória em suas cinco últimas apresentações no octógono, Hunt voltou a criticar os rivais que cruzaram seu caminho e que, posteriormente, foram flagrados em exames antidoping. Por isso, o atleta culpa a eles e a falta de combatividade ao uso de esteroides pelo seu mais recente cartel.

"Claro que sinto que há mais a fazer. Metade dos caras que eu perdi são trapaceiros. Há muito mais a fazer, mas não é de minha conta. Não tive as oportunidades. Depois de Derrick Lewis, eu lutei contra o número 7, o número 9, agora o número 13. F***-se, não vou ter outra chance pelo título, e as coisas são o que são. Estou em paz com isso", analisou, ressaltando a importância de um bom contrato na fase final de sua carreira.

"Claro que se trata de dinheiro. Você não quer apanhar por nada. Não seria estúpido de fazer isso. Não dou a mínima para quando as pessoas ou aqueles idiotas dizem: 'Eu faço isso porque amo'. Sim, certo. Deixe eu socar seu rosto de graça. Claro que é pelo dinheiro. Lutas são para pessoas pobres saírem da pobreza. Não me venha com: 'Faço porque amo'. Besteira. Deixe eu chutar sua cabeça por nada, cara", finalizou.

Antes de competir no UFC, Hunt fez carreira em eventos de kickboxing e MMA no Japão. Por sinal, o mercado oriental reaqueceu nos últimos meses e pode ser um novo lar para o peso-pesado, dono de alguns dos nocautes mais impressionantes da história do esporte.