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Cielo e campeões sofrem com clima de BH e gringos incham pódio do Finkel

Para Cielo, provas de velocidade deveriam começar depois das 11h - Satiro Sodré/AGIF
Para Cielo, provas de velocidade deveriam começar depois das 11h Imagem: Satiro Sodré/AGIF

Roberta Nomura

Em Belo Horizonte (MG)

02/09/2011 14h31

O vento gelado pela manhã e o clima seco em Belo Horizonte foram os violões do Troféu José Finkel de natação nesta sexta-feira. A atmosfera não estava favorável para os atletas. Cesar Cielo nadou uma das primeiras provas e sofreu com o friozinho matinal. Joanna Maranhão e Kaio Márcio sentiram o ar seco, mas superaram o problema. O dia também foi marcado por bom desempenho gringo nos 200 m borboleta e o consequente inchaço no pódio.

Cielo avançou à final dos 100 m livre com o segundo melhor tempo, mas sofreu com os ventos matinais. “Sinceramente foi uma prova devagar. De um modo geral, foi todo mundo neste ritmo. É que está um friozinho e este sol está enganando. Tem que torcer para o sol sair amanhã”, falou o campeão olímpico e bi mundial, que discordou da programação do torneio. A semifinal da prova masculina foi a segunda do dia, imediatamente após as duas séries femininas. “É um erro colocar uma prova de velocidade às 10h da manhã, porque nesta hora não dá para dizer que o corpo está acordado. O ideal é umas 11h”, explicou.

E o clima não atrapalhou somente Cielo. Na final masculina dos 200 m borboleta, Kaio Márcio sofreu com clima seco. “Foi uma prova muito boa. Eu tirei férias depois do Mundial. Foi um desafio estar aqui, pela altitude e clima seco. Ainda mais eu que respiro de lado. Sinto a falta do ar no final”, disse o nadador do Fluminense.

O mesmo problema abateu as nadadoras dos 200 m borboleta e Joanna Maranhão venceu no sufoco. “Com a umidade tão baixa como está aqui é mais complicado. Eu só queria chegar e bater na frente mesmo. Estou tão cansada que depois da minha última prova, acho que vou dormir amanhã a tarde inteira até domingo, se precisar”, brincou a atleta do Flamengo.

Joanna Maranhão subiu ao pódio acompanhada por quatro nadadoras, no pódio mais inchado do Finkel até agora. Isso porque as gringas tiveram bom desempenho na final. Pela regra, os resultados dos estrangeiros não ficam consolidados para o campeonato nacional. Eles sobem ao pódio, ganham medalha e somam pontos para as equipes, mas não se sagram campeões brasileiros. Então, em caso de vitória, eles dividem o posto com o melhor nadador verde-amarelo. Isso já havia acontecido nos 200 m livre. Daniele Tirabassi tem dupla nacionalidade (venezuelano e italiano) e levou o ouro junto com o brasileiro Rodrigo Castro.

Nesta sexta, o pódio foi ainda mais povoado. Joanna Maranhão faturou o ouro sozinha nos 200 m borboleta. A norte-americana Kimberly Vandenberg ficou com a prata e teve ao lado a vice-campeã brasileira Julia Gerotto. A espanhola Mireya Belmonte levou o bronze ao lado de Monique Ferreira. Todas as cinco participaram da cerimônia de premiação.

JOANNA MARANHÃO GANHA FINAL DOS 200 M BORBOLETA NO SUFOCO

O equilíbrio marcou a vitória de Joanna Maranhão na final dos 200 m borboleta. Embora tenha liderado toda a prova, a nadadora do Flamengo viu Kimberly Vandenberg ameaçá-la bastante, principalmente na parte final. Mas na braçada final, Joanna conseguiu confirmar o triunfo com 2min12s46. A rival registrou 2min12s75.

"Hoje é o dia mais pesado para mim [ela também nada o revezamento 4x200 m livre]. Estou melhor que as meninas e, para o treino que venho fazendo, o tempo está excelente. Podem esperar que virão coisas muito boas aí", festejou ela ao Sportv.
KAIO MÁRCIO NADA ABAIXO DOS 2MIN E VENCE 200 M BORBOLETA

Kaio Márcio não teve muitas dificuldades para conquistar a medalha de ouro nos 200 m borboleta. Ele foi o único a nadar abaixo da casa dos dois minutos, vencendo com o tempo de 1min58s75. A segunda colocação foi de Lucas Salatta (2min00s47), seguido por Leonardo de Deus (2min00s81).

“Consegui nadar num ritmo mais tranquilo. Senti bastante, pois estou treinando há 15 dias, mas consegui ganhar a prova. Minha temporada acabou no Mundial, tirei férias de 15 dias e agora estou voltando para nadar bem no Pan-Americano”, analisou.
JOÃO JÚNIOR SOBRA NOS 50 M PEITO

João Júnior forçou o ritmo e sobrou na semifinal dos 50 m peito. Na segunda bateria, ele fez o tempo de 27s46 e se classificou com a melhor marca. O campeão mundial Felipe França venceu a primeira bateria com 28s28 e ficou com o terceiro melhor tempo. O segundo foi de Raphael Rodrigues (28s26).
FABÍOLA MOLINA DOMINA E VENCE A FINAL DOS 50 M COSTAS

Fabíola Molina não deu chances para suas adversárias nesta sexta-feira. A veterana de 36 anos, do Minas, dominou toda a final dos 50 m costas e confirmou o favoritismo. Ela venceu com o tempo de 28s34. Etiene Medeiros chegou em segundo lugar.

"É muito treino, muita dedicação. Sou casada com o Diogo, que também é atleta, e isso ajuda no dia a dia. Quando você chega na competição o trabalho já foi feito. Estou muito feliz e nadando bem em provas que não eram as minhas. Dava para ter feito um tempo melhor, mas fiquei satisfeita".

THIAGO PEREIRA BRILHA, E CORINTHIANS VENCE O FLAMENGO NO 4X200 M LIVRE

Thiago Pereira foi decisivo para o Corinthians e ajudou a equipe alvinegra a conquistar o ouro no revezamento 4x200 m livre. Último a cair na piscina, ele conseguiu abrir uma grande vantagem para Leonardo de Deus, do Flamengo, e garantiu o triunfo com tranquilidade. O Corinthians terminou a prova em 7min27s66.

"Sempre abro o revezamento, mas como estou cansado, preferi ir por último. A disputa foi intensa, mas o importante é que conseguimos mais uma vitória para o Corinthians4x100, mas como to cansado, optei por ir por último. A disputa foi intensa, importante é que conseguimos mais uma vitória para o Corinthians."