Melhor do mundo, Neto brilha na decisão do Mundial de futsal e se redime de erro em 2004

Os dois gols de Neto na decisão do Mundial de futsal, neste domingo, significaram para o fixo muito mais do que os gols que garantiram ao Brasil o heptacampeonato do torneio, após a vitória por 3 a 2 contra a Espanha. Para o fixo, a vitória e o prêmio de melhor do mundo são a redenção e a volta por cima com oito anos de atraso.

Em 2004, com apenas 22 anos de idade, Neto foi um dos principais responsáveis pela eliminação do Brasil na Copa do Mundo nas semifinais, justamente contra os espanhois. Na disputa por pênaltis, o jogador errou sua cobrança - a segunda das penalidades - e viu a seleção perder a partida e dar adeus ao sonho do título.

Quatro anos mais tarde, em 2008, Neto teria a chance de se redimir no Mundial disputado no Brasil. Porém, meses antes da competição, durante uma partida de sua equipe na Liga Espanhola, ele foi comemorar um gol com um salto e, na queda, sofreu uma grave lesão no ligamento cruzado do joelho. Teve de passar por cirurgia e ficou fora da conquista brasileira no Rio de Janeiro - de novo sobre a Espanha.

"Eu diria que sim [é o melhor dia da vida]. Desde 2004 venho tentando conquistar este título. Quando me lesionei em 2008 e não pude participar da vitória, cheguei a pensar que isto nunca aconteceria. Minha família e todas as pessoas mais próximas a mim sabem o quanto este dia é importante. É exatamente por isto que eu venho lutando", afirmou o fixo ao site da Fifa.

No duelo decisivo deste domingo, na Tailândia, Neto chegou inspirado por, na véspera, ter sido um dos cinco indicados ao prêmio de melhor da competição e, consequentemente, do mundo. Depois de um primeiro tempo discreto, ele começou a brilhar no começo da etapa decisiva. Aproveitando cobrança de escanteio, abriu o placar com um chute forte. 

A Espanha conseguiu passar à frente, mas Falcão, a nove minutos do fim, marcou um golaço e novamente igualou o duelo. Coube a Neto, então, decidir o duelo. A 19s do fim do segundo tempo da prorrogação, ele recebeu a bola do camisa 12, passou por um espanhol e chutou forte, rasteiro, garantindo o sétimo título mundial para o Brasil.