Visitante? São Paulo tem vantagem e histórico favorável em Londrina
Na primeira fase da Copa do Brasil, a CBF estipula como única vantagem para os mandantes o fato de atuar em casa, já que o visitante precisa apenas empatar o jogo único desta etapa para seguir no torneio. O Madureira, do Rio de Janeiro, preferiu aceitar uma proposta financeira para levar a partida para Londrina. E acabou deixando o São Paulo completamente à vontade no confronto das 21h45 desta quarta-feira.
Na cidade paranaense, o retrospecto tricolor é amplamente favorável. Em sua história, o clube atuou no município 13 vezes, acumulando dez vitórias, um empate e somente duas derrotas, com um aproveitamento de 79,5% dos pontos que disputou. Especificamente no Estádio do Café, local do jogo desta noite, são cinco partidas, com três triunfos, uma igualdade e um revés.
As derrotas do Tricolor na cidade ocorreram em 15 de novembro de 1956, por 3 a 2, para o Londrina, em amistoso, no estádio Jandira, e por 2 a 0 para o Palmeiras, em 23 de maio de 1984, durante o Torneio Nacional de Londrina, já no Estádio do Café. O único empate do clube no município ocorreu também no Estádio do Café: 0 a 0 diante do Londrina, em 1º de setembro de 1976, pelo Campeonato Brasileiro.
O último compromisso são-paulino no Estádio do Café ocorreu também em etapa inicial da Copa do Brasil, no ano passado. Em 1º de março, pela segunda fase do torneio, a equipe, então comandada por Rogério Ceni, goleou o PSTC, do Paraná, por 4 a 2, com três gols de Cícero, que rescindiu com o clube seis meses depois, e outro de Cueva, afastado do jogo desta quarta-feira por opção da diretoria após se recusar a ficar no banco na semana passada.
O cenário favorável ao Tricolor só complica ainda mais uma tarefa que já seria difícil para o Madureira, que tem como centroavante o veterano Souza "Caveirão" (35 anos, ex-Vasco, Flamengo e Corinthians). Justamente no primeiro confronto da história do clube carioca diante do São Paulo, a fase parece que não poderia ser pior.
A equipe é a lanterna do Grupo C da Taça Guanabara no Estadual, sem nenhuma vitória ou chance de se classificar, com o segundo pior ataque da competição (três gols) e uma das defesas mais vazadas (cinco gols). Não bastasse isso, o técnico Paulo Cesar Gusmão, vaiado pelos torcedores, alegou problemas particulares e pediu demissão na segunda-feira.
Na teoria, tudo caminha para uma missão pouco complicada para Dorival Júnior se recuperar da derrota para o Corinthians, no último sábado, diminuir as críticas que já vem recebendo, após só quatro jogos na temporada, e seguir vivo na Copa do Brasil. Ao mesmo tempo, uma derrota para o Madureira aumenta demais a pressão. Se o São Paulo se sente em casa em Londrina, um fracasso ecoará no técnico com a força de um Morumbi lotado.
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