Jogões, quebras de favoritismos... Veja como foram mata-matas 'nacionais' entre Mengão e Fogão
Flamengo e Botafogo escreverão nesta quarta-feira mais um capítulo nos mata-matas entre os clubes em nível nacional. Com o empate em 0 a 0 no Nilton Santos, um empate com gols dá aos alvinegros a vaga à final da Copa do Brasil, enquanto os rubro-negros precisam da vitória para seguir na competição. Porém, os embates já deixaram histórias marcantes para jogadores de cada época.
Goleiro do Botafogo nas quartas-de-final de 1981, Paulo Sérgio apontou o que fez a equipe desbancar o favoritismo do Flamengo de Zico, Júnior, Andrade & Cia.:
- O Botafogo tinha uma equipe muito competitiva. Além do Mendonça, que era a grande estrela, procurávamos jogar no contra-ataque, como um "time de operários". Era muito difícil fazer gol na gente - lembrou, ao LANCE!.
O ex-jogador detalhou como foram as duas partidas:
- O primeiro jogo, em uma quarta-feira, foi bastante igual, não teve muitas chances de gol. No segundo, com um Maracanã totalmente lotado, o Flamengo abriu o placar no início. Então, o Mendonça empatou de cabeça e nós viramos o jogo para 3 a 1. Sabíamos que o Flamengo era superior, tanto que foi campeão mundial no fim do ano mas contamos com a grande atuação de Mendonça para garantir a vitória.
Após o empate em 0 a 0 na ida, o Alvinegro garantiu a vaga com o triunfo por 3 a 1. O Rubro-Negro abrira o placar com Zico, mas Mendonça igualou na etapa inicial e Jerson virou a partida. Na reta final, Mendonça ainda deu um drible desconcertante em Júnior, no gol celebrado como "Baila COmigo", em referência à música interpretada por Rita Lee que era tema de abertura da uma novela da Rede Globo. O Botafogo caiu nas semifinais para o São Paulo.
Já no Brasileirão em 1992, a alegria foi em vermelho e preto, e com um troféu nas mãos. O Flamengo não deu chances para o rótulo de "favorito" do Botafogo e levou a melhor na final. Meia da equipe comandada por Carlinhos, Zinho apontou como foram os jogos decisivos:
- O Botafogo era o favorito, mas nós tínhamos uma equipe muito forte, mesclada por experientes como Gilmar, Charles, Gaúcho e jovens como Marcelinho, Piá, Paulo Nunes. Com a liderança do Júnior, fomos ganhando confiança e, na decisão, e abrimos 3 a 0 no jogo de ida. Isto foi fundamental para a gente levar o título.
O ex-meia apontou o que fez a equipe ganhar confiança para a final do Brasileirão:
- A gente tinha oscilado muito na fase classificatória, conseguimos a vaga no finzinho. Mas aquela confiança da torcida, que empurrava a gente no Maracanã e fazia aquele clima do "deixou chegar", e o trabalho do Carlinhos foram importantíssimos para nós. Passamos por um grupo difícil, com São Paulo, Santos e Vasco, e fomos para cima do Botafogo com tudo.
O Rubro-Negro garantiu o 3 a 0 com Nélio, Gaúcho e Júnior ainda na etapa inicial. No segundo jogo, Júnior e Júlio César abriram o placar para o Flamengo, e Piccheti e Valdeir decretaram o 2 a 2 na partida, em semana antecedida por polêmica aparição do botafoguense Renato Gaúcho em churrasco de comemoração com atletas do Fla.
Em 2013, no primeiro encontro por uma Copa do Brasil, outro favoritismo foi deixado de lado. O empate em 1 a 1 na ida, com gols de André Santos para o Flamengo e Edílson para o Botafogo, foi uma prévia da batalha forte.
Porém, Hernane Brocador desmoronou a fortaleza que parecia ser o Alvinegro naquela época. O atacante marcou três vezes e ainda sofreu o pênalti convertido por Léo Moura na goleada por 4 a 0. O Rubro-Negro seria campeão da competição, sobre o Atlético-PR.
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