Um clube, dois mascotes: Antes do porco, periquito contou muitas glórias do Verdão. Veja flâmulas históricas!
Um clube, dois mascotes e muita tradição. Há trinta anos o Palmeiras adotou o porco, porém o primeiro mascote do Verdão, o periquito, é até hoje um dos ícones oficiais do clube. A ave foi "abraçada" pela torcida em 1917, nos primórdios do Palestra Itália, quando o uniforme totalmente verde começou a ser utilizado. Diversas fontes dizem também existiam muitas aves deste tipo nos bosques do Parque Antarctica, o que fortaleceu esta ligação. A partir da década de 40, o periquito foi oficializado como mascote e começou a aparecer em bandeiras e depois, na década de 50, em flâmulas de torcedores, não oficiais e vendidas na porta dos estádios. Mergulhamos nesta história e apresentamos 25 flâmulas com o periquito (veja em galeria acima).
As preciosidades pertencem ao colecionador Ricardo Bacconi, palmeirense de 36 anos, gerente de controladoria, dono de um dos maiores acervos sobre o Verdão. Com tantos materiais, ele criou a página Colecionismo S.E. Palmeiras no Facebook, onde ele mostra camisas históricas, faixas, flâmulas e muito mais. A reportagem do LANCE! conversou com Ricardo, que contou detalhes dos primeiros registros do periquito nas flâmulas.
- Passei a me dedicar ao colecionismo há uns cinco anos, apesar de ter alguns itens há mais de 15 anos. Do que consegui coletar de flâmulas até o momento, os primeiros registros do periquito são do início dos anos 50. O periquito mais famoso desta época é aquele que ostenta cinco coroas na cabeça, em alusão aos cinco títulos conquistados entre 1950 e 1951 - disse Ricardo, referindo-se ao fato histórico chamado de Cinco Coroas, quando o Palmeiras ganhou de a Taça Cidade São Paulo de 1950, o Paulista de 1951, o Rio-São Paulo de 1951, a Taça Cidade de São Paulo de 1951 e a Taça Rio de 1951, glória hoje reconhecida pela Fifa como o primeiro título de nível mundial de um clube brasileiro.
Ricardo Bacconi comentou também sobre outra raridade que tem envolvendo o periquito:
- O primeiro registro físico do periquito que tenho na coleção é um alfinete de lapela em comemoração ao título paulista de 1944. É possível dizer que as décadas em que o periquito mais apareceu em flâmulas foram as de 50 e 60.
Quando perguntado sobre sua flâmula preferida com o desenho do periquito, Ricardo escolheu uma do fim da década de 80:
- Apesar das flâmulas mais antigas carregarem muitas histórias de glórias, a minha favorita com a imagem do periquito é uma de 1987-1988, com o logotipo da Agip, patrocinadora do Palmeiras na época. Ela remete à minha infância e traz a imagem do periquito como eu o conheci quando criança. Não há muitas lembranças boas desta época para os torcedores palmeirenses, mas a flâmula tem um significado especial para mim.
Por fim, em pergunta sobre qual dos mascotes do Palmeiras ele gosta mais, Ricardo não teve dúvida:
- Apesar do porco já estar incorporado à nossa história, afinal já se passaram 30 anos que o adotamos também, gosto muito mais do periquito, pois ele nos remete às nossas origens, à fauna tropical brasileira e ao mascote que foi apresentado a todos os palmeirenses que nasceram até os anos 80. O tempo mostrou que há espaço para os dois mascotes, mas penso que o que mais nos representa e nos identifica é o periquito.
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