40 anos depois, mais um Juantorena busca glória olímpica
O sobrenome Juantorena já está imortalizado na história olímpica. O cubano Alberto, em 1976, nos Jogos de Montreal, conquistou medalha de ouro nos 400m e 800m rasos, um feito inédito. É um dos grandes nomes do esporte caribenho em todos os tempos. 40 anos depois, o sobrinho Osmany tenta, defendendo a bandeira da Itália no vôlei, voltar a colocar a família no pódio.
- Tenho muito orgulho do meu sobrenome. Meu tio ganhou dois ouros em Olimpíadas e eu irei carregar o nome Juantorena em alto nível pelo restante da minha vida e da minha carreira.
Juantorena conseguiu a nova nacionalidade italiana em 2010. Mas precisou esperar mais cinco anos para ser liberado pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e defender a Azzurra. Na Copa do Mundo, no fim de 2015, no Japão, teve participação decisiva para classificar o país europeu para a Rio-2016.
Neste domingo, aos 30 anos, fez sua estreia olímpica em grande estilo. Marcou 12 pontos na vitória italiana sobre a França, uma das favoritas ao ouro no Rio de Janeiro.
- É um sonho estar aqui. Por clubes já conquistei tudo, graças a Deus, e só me falta uma medalha olímpica, que espero conquistar aqui no Brasil. Sei que vai ser muito difícil, pois várias equipes estão em um nível muito alto. Mas foi bom começar assim - comentou Juantorena, na saída do Maracanãzinho.
O currículo de Osmany Juantorena é realmente acima da média. Pela seleção de Cuba ele conquistou bronze na Liga Mundial de 2015 e prata no Pan de 2003. Logo depois, foi jogar na Rússia, abandonando a ilha caribenha e iniciando peregrinação pelo mundo. Atuou no Qatar, na Turquia e depois marcou época no Trentino, da Itália. Faturou quatro Mundiais de Clubes, dois títulos europeus, uma dezena de torneios nacionais, além de várias premiações individuais.
Respeitado por companheiros e adversários, é um dos candidatos a craque do torneio olímpico de vôlei. No próximo sábado, terá o Brasil como adversário. É bom ficar de olho nele!
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