Topo

Trio do Real brilha na seleção e indica futuro com "DNA Ancelotti"

Eder Traskini, e Thiago Arantes

Do UOL, em São Paulo e Barcelona (ESP)

18/06/2023 04h00

O Brasil venceu a primeira após a Copa do Mundo com protagonismo do trio que já é comandado por Carlo Ancelotti, o favorito a assumir como técnico da seleção. O trio do Real Madrid (ESP) participou de todos os gols, tendo anotado três deles na vitória por 4 a 1 sobre a Guiné.

O que aconteceu

Joelinton foi o único "não-madridista" a marcar na partida. Ele abriu o placar após falta sofrida e cobrado por Rodrygo, o camisa 11 do Real.

Os outros gols foram do trio merengue: Rodrygo fez o segundo, Militão o terceiro e Vini Jr fechou o placar de pênalti.

Vini Jr e Rodrygo surgem como grandes líderes técnicos do novo ciclo da Copa do Mundo para o Brasil, assim como já fazem no Real Madrid — sobretudo após a chegada de Carlo Ancelotti ao clube.

Sem Thiago Silva, Militão assumiu a vaga na defesa e deve se firmar como o titular do ciclo ao lado de Marquinhos.

Os traços de Ancelotti na seleção

A escalação do time titular contou com cinco jogadores que estão ou já estiveram sob as ordens do favorito da CBF ao cargo. Três do atual elenco do Real Madrid (Vini Jr, Rodrygo e Eder Militão) e outros dois que trabalharam com "Carleto" em diferentes momentos de suas carreiras (Richarlison e Casemiro).

O sistema de jogo da seleção também é parecido com o usado pelo treinador Real Madrid: ele não abre mão da uma linha de quatro defensores. À frente da defesa, usa dois volantes, um meio-campista mais leve, dois pontas e um atacante que sai da área para jogar.

A formação clássica do "Ancelottismo" se mantém com Ramon e é uma herança de Tite, um fervoroso seguidor dos métodos do italiano. O ex-treinador da seleção, comandante da equipe nas Copas de 2018 e 2022, devorou o livro "Liderança Tranquila", que explica a forma de trabalhar de seu ídolo.

Aumento de protagonismo com o chefe

Para a próxima temporada do Real Madrid, Vini Jr. e Rodrygo ganharam novos números de camisa: 7 e 11, respectivamente. A mudança mostra a importância que eles ganharam no clube merengue: recentemente, os números foram usados por Cristiano Ronaldo e Gareth Bale.

O trio do Real Madrid está consolidado no clube e na seleção. E foi justamente Ancelotti que deu a Éder Militão, Rodrygo e Vini Jr. o protagonismo na equipe espanhola. Sob o comando do treinador, os três tornaram-se titulares absolutos e são parte dos planos de futuro no Santiago Bernabéu.

Esse aumento no protagonismo acontece também na seleção brasileira. O projeto para a Copa de 2026 pode nem passar pelas mãos de Ancelotti, mas inclui Militão, Rodrygo e Vinícius como peças-chave da equipe.

O zagueiro começa o ciclo como titular, herdando a vaga que foi de Thiago Silva e podendo, eventualmente, também ser aproveitado na lateral. É algo que ele já fez no Real Madrid, quando necessário. Usar defensores centrais como laterais (e vice-versa) é um expediente que faz parte do repertório do italiano. Além de Militão, o elenco atual do clube tem Nacho e Alaba com essa característica de polivalência.

Vini Jr. e Rodrygo têm uma posição ainda mais marcada. O ponta-esquerda só se tornou titular absoluto na reta final da preparação para a Copa do Mundo, mas foi o principal jogador brasileiro na temporada europeia. Ele é o principal candidato a craque do Real Madrid e da seleção no período que vai até 2026.

Já Rodrygo conquistou o espaço ao longo dos últimos 12 meses: ganhou a vaga de Marco Asensio no Real Madrid e superou a forte concorrência de Raphinha e Antony na seleção. Em entrevista coletiva na quarta-feira (14), ele foi perguntado se preferia ser treinado por Ancelotti no clube ou na seleção: "Nos dois, se fosse possível".

A CBF acertou em esperar por Carlo Ancelotti?

Resultado parcial

Total de 3920 votos
48,62%
51,38%