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Chelsea vai indenizar oito ex-jogadores da base por abusos racistas

Roman Abramovich (alto) é o dono do Chelsea desde 2003 - Clive Rose/Getty Images
Roman Abramovich (alto) é o dono do Chelsea desde 2003 Imagem: Clive Rose/Getty Images

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

07/02/2022 18h20

O Chelsea concordou hoje em pagar uma indenização para oito ex-jogadores das categorias de base do clube que alegaram ter sofrido racismo na década de 90. Os acusados são os ex-técnicos Gwyn Williams e Graham Rix, que já deixaram o clube há anos.

O Chelsea conseguiu fazer acordos extrajudiciais com a maioria dos reclamantes e, um dos advogados descreveu o acordo como "significativo", no âmbito de valores e, em alguns casos, "chegaram a seis dígitios". A situação de um ex-jogador ainda não foi solucionada.

Um dos reclamantes disse à BBC Sport que usaram expressões racistas contra ele, sofreu estereótipos raciais e foi intimado por Williams a mostrar aos outros suas partes íntimas. Diante disso, ele alegou que os atos levaram a "problemas de relacionamento e depressão", além de dizer que "arruinou toda a minha vida".

Outro ex-jogador das categorias de base disse que a experiência foi "traumática" e "tirou minha confiança". Ele ainda acrescenta que os episódios: "Me fizeram ver os brancos de maneira diferente e acabaram com todos os meus sonhos a ponto de eu não querer mais nada com futebol".

Gwyn Williams, por sua vez, negou "todas e quaisquer alegações de abuso" e acrescentou que "não havia intenção de causar danos", além de dizer que "nunca usaria essas palavras hoje", enquanto Graham Rix negou que fosse "bullying, agressivo ou racista".

O Chelsea se pronunciou sobre o caso por meio de uma nota oficial:

"O Chelsea FC admite o horrendo abuso racial que nossos clientes sofreram quando crianças nas mãos de seus treinadores e pagou quantias significativas de compensação para refletir a natureza abominável do abuso e o impacto devastador que teve em nossos clientes. Esperamos que a bravura de nossos clientes em se manifestar dê voz a muitos outros e ajude na luta para acabar com o racismo. Continuaremos a oferecer suporte aos ex-jogadores envolvidos por meio de nosso serviço dedicado de suporte ao jogador".