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Ex-Corinthians explica estratégia do Shakhtar para bater o Real Madrid

Maycon em ação com a camisa do Shakhtar Donetsk na Liga dos Campeões - James Williamson/Getty Images
Maycon em ação com a camisa do Shakhtar Donetsk na Liga dos Campeões Imagem: James Williamson/Getty Images

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/10/2020 15h14

O volante Maycon, ex-Corinthians, foi titular do Shakhtar Donetsk (UCR), ontem, na vitória por 3 a 2 sobre o Real Madrid, na Espanha, pela Liga dos Campeões da Europa. O jogador afirmou que a preparação para o confronto contra o time madrilenho foi perfeita e que nem mesmo a torcida teria feito a diferença.

"No jogo de ontem, em especial, a torcida seria indiferente para nós. O Real Madrid continua sendo o Real Madrid. A preparação para o jogo foi perfeita. Conseguimos implantar nossa ideia de jogo. (...) Talvez a torcida fizesse diferença para eles, com a questão de inflamar os jogadores. Qualquer erro contra o Real Madrid é fatal. Erramos no segundo tempo e levamos dois gols", disse em entrevista ao Futebol no Mundo, da ESPN Brasil.

Maycon elogiou o Shakhtar pelo tempo de trabalho dado aos treinadores. O volante entende que isso é importante para a implantação de ideias e para que os jogadores assimilem novos sistemas de jogo.

"A diferença aqui é o tempo de trabalho. O Paulo Fonseca ficou três ou quatro anos. Aí, veio o Luís Castro e já está implantando a ideia de jogo e ele tem um tempo para trabalhar, independente do resultado. Isso é muito importante para o treinador e para os jogadores, para entender a ideia do técnico. Não adianta trocar a cada seis meses, que o jogador vai render menos. Quando começa a entender uma ideia, já vem a troca", acrescentou.

Adaptação ao futebol europeu

O jogador do Shakhtar ainda falou sobre sua adaptação ao futebol europeu e admitiu que encontrou dificuldades quando chegou. O meio-campista afirmou que seu principal aprendizado foi em relação ao posicionamento corporal.

"A principal diferença são os posicionamentos de corpo que eles cobram. A gente tem que estar sempre de frente. A gente dita o ritmo do jogo aqui. Talvez essa foi minha principal dificuldade aqui também. O Paulo Fonseca (ex-técnico do Shakhtar) me ajudou muito. Ele me ajudou a entender o jogo dessa forma. Ele me mostrou vídeos de volantes europeus para eu entender o que ele queria"