Juvenal contraria Leão e diz que técnico concordou com corte de Paulo Miranda
O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, falou pela primeira vez sobre a polêmica envolvendo o corte do zagueiro Paulo Miranda no dia da partida contra a Ponte Preta. Ele contrariou o técnico Emerson Leão ao dizer que o treinador sabia do veto ao jogador e concordou com isso.
"Ele sabia de tudo. Aqui não se faz nada às escondidas. Conversamos com ele, ele concordou com tudo, que o jogador estava cometendo falhas. Mas disse que não poderia tirá-lo da concentração porque já o havia relacionado, mas que se a diretoria quisesse agir que agisse. Então agimos", falou o presidente, que procurou abafar o caso.
"Não vejo nenhum escândalo nisso", disparou para a Agência Estado.
Leão havia dito após a derrota para a Ponte Preta que ficou surpreso pelo corte de Paulo Miranda. Na cabeça do treinador, diferente do que pensa a diretoria do São Paulo, o zagueiro não errou no clássico contra o Santos.
“A decisão foi uma deliberação da diretoria. Se ele estivesse concentrado, estaria escalado. Nas pessoas que eu tenho na minha relação, para escalá-lo, ele precisa estar disponível para mim. Ninguém interfere na minha escalação”.
Juvenal foi incisivo ao dizer que o corte de Paulo Miranda foi para preservar a carreira do jogador. O presidente citou até outros casos semelhantes no São Paulo para citar a sua atitude.
"Ele [Leão] já havia deixado o Jadson fora do time, treinando, e também o Piris. Por que não fazer o mesmo com Paulo Miranda? Se ele voltasse a errar, estaria acabada a carreira dele".
O presidente adiantou inclusive o período de afastamento de Paulo Miranda: irá durar até a partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil contra a Ponte Preta, na próxima quinta-feira, no Morumbi.
"Ele fica de fora do outro jogo também [contra a Ponte Preta]. Depois ele volta normalmente, e se o treinador quiser escalá-lo, não há nenhum problema".
Questionado pelo UOL Esporte sobre as declarações de Juvenal nesta quinta-feira, Leão reagiu com bom humor. "Vou falar pra você o que falei pra todos. Amanhã é meu dia de dar entrevistas. Amanhã responderei a todas as perguntas com muito prazer".
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