Topo

Vereadores do Rio acionam MP contra Flamengo x Vasco na Ilha do Urubu

Pedido dos vereadores do Rio ao MP para evitar clássico na Ilha do Urubu - Reprodução - Reprodução
Vereadores protocolaram pedido para que o clássico seja realizado no Maracanã
Imagem: Reprodução

Pedro Ivo Almeida e Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

17/10/2017 18h32

Marcado para a Ilha do Urubu, o clássico entre Flamengo e Vasco pelo segundo turno do Campeonato Brasileiro segue alvo de polêmica por conta da preocupação dos poderes públicos com a segurança. Nesta terça-feira (17), dois vereadores do Rio de Janeiro acionaram o Ministério Público para tentar evitar a realização do jogo do próximo dia 28 de outubro no estádio.

Autores do projeto de lei “Campanha Permanente e continuada de mobilização pela cultura de paz entre as torcidas do futebol carioca” - aprovado em primeira instância nesta terça, Otoni de Paula (PSC) e Felipe Michel (PSDB) protocolaram uma representação junto ao MP solicitando a troca de local, levando o clássico para o Maracanã.

PM também estuda jogo fora da Ilha

O comando geral da Polícia Militar já está responsável pela análise de caso passada pelo Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios). A PM não considera conveniente que o jogo seja disputado no estádio por conta dos episódios violentos do último encontro entre os rivais, dia 8 de julho, em São Januário.

Pela rivalidade, acesso e instalações acanhadas, além dos indícios de que novos tumultos poderão ocorrer por conta da guerra entre as organizadas dos clubes - ainda que punidas pelo Ministério Público -, o comando da PM dará a sua decisão até o final da semana.

“O caso está com o nosso Estado Maior. O Gepe fará o que for determinado pelo comando geral. Explicamos todo o panorama e aguardamos as orientações para proceder com o planejamento para o evento", explicou o comandante do Gepe, Major Sílvio Luiz.

Bárbarie em último encontro entre os rivais

Apesar de ter todos os laudos necessários para receber os clássicos na Ilha do Governador e com 5% da carga de ingressos aos visitantes, a bárbarie ocorrida em São Januário pesa na avaliação do poder público. 

Na ocasião, uma guerra generalizada tomou conta do estádio ao apito final. Bombas foram atiradas no gramado e o time do Flamengo teve dificuldade para descer aos vestiários. Houve confrontos entre policiais e integrantes de organizadas do Vasco. David Rocha Lopes, de 27 anos, morreu baleado em confusão com PMs fora do estádio. Outros dois torcedores também foram atingidos por disparos de armas de fogo.

No meio dos episódios lamentáveis, o cabo do Exército Igor Marcelino Coelho foi indiciado pela Polícia Civil por lesão corporal, desacato e por promover tumulto em eventos esportivos, crime previsto no Estatuto do Torcedor. Nas imagens de TV, ele apareceu agredindo com socos duas policiais militares. Por conta dos problemas, São Januário foi interditado pelo Ministério Público e o clube punido com a perda de seis mandos de campo no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).