Paulo André comenta queda de sócios e racha com organizada no Atlético-PR
Liderança entre os jogadores do Atlético Paranaense, o zagueiro Paulo André marcou posição quanto à cisão entre a diretoria do clube e os torcedores, após a queda recente no quadro associativo e constantes reclamações sobre o processo de biometria e, principalmente, o aumento do preço dos ingressos em R$ 50 para o setor onde fica a torcida organizada.
Paulo André ponderou sobre a ausência dos torcedores de classes sociais mais baixas nos campos de futebol do País: “É uma discussão importantíssima que se faz no Brasil hoje, por causa do custo das Arenas. Talvez o menos favorecido tenha cada vez mais dificuldades de poder assistir jogos de futebol no País, principalmente na Série A. Acho que essa é uma questão que deve ser levantada, deve ser discutida”, argumentou, para lembrar do perfil destes torcedores: “Possivelmente, que eu me lembre, os que mais se manifestam, os que mais fazem as festas, os que mais se entregam naquele momento, e isso sem dúvida reflete na alegria ou no contágio do torcedor para com o espetáculo.”
Questionado sobre a queda na presença de público na Arena da Baixada, em contraste com a recuperação do time em campo, Paulo André amenizou a situação e fez eco com uma visão constantemente apregoada pela diretoria atleticana, com relação aos sócios: “Confesso, não percebi essa diferença ainda, de mais ou menos torcida. Acho que quando a gente estava perdendo tinha muito menos torcida, no sentido de incentivo. Nesse momento os torcedores que estão lá, que também são atleticanos e que têm sido frequentes nos jogos têm nos apoiado. Sei também que é um numero bem legal de sócios-torcedores que estão aí há oito, 10 anos com o clube. Pra mim sim, esses são os verdadeiros atleticanos, aqueles que apoiam, que ajudam, e que entendendo a situação financeira do clube podem e contribuem com seu crescimento. Esses sim devem ser ainda mais respeitados e valorizados, por que tem uma atitude de amor verdadeiro. No bom ou ruim, tem colaborado com a equipe.”
Apesar da ponderação em que rotulou importância entre diferentes tipos de torcedores, o zagueiro pediu abertamente que a diretoria reveja sua política em relação à torcida organizada do Atlético: “As dificuldades com a torcida organizada devem ser repensadas no sentido de tentar se entrar num acordo, por que eu acho que todo mundo espera o bem do Atlético Paranaense. Eu acho que é importante para toda a cidade que todo mundo tente trabalhar em conjunto para uma solução.”
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