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Reserva no Galo, Marlone fala de futuro melhor: "Aqui ou em outro lugar"

Muito treino e poucos jogos. Marlone atuou apenas 16 vezes em seis meses de Atlético-MG - Bruno Cantini/Atlético
Muito treino e poucos jogos. Marlone atuou apenas 16 vezes em seis meses de Atlético-MG Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

21/09/2017 21h22

No fim de março, quando foi apresentado como reforço do Atlético-MG para a temporada 2017, o meia Marlone chegou à Cidade do Galo falando em conseguir viver o melhor momento da carreira. Seis meses depois, o jogador emprestado pelo Corinthians segue apenas como um reserva pouco utilizado pelo Atlético.

Marlone tem apenas 16 partidas disputadas pelo Galo. Certamente é algo que incomoda, mas o meia mantém a serenidade ao falar sobre o assunto. O jogador chegou a se comparar a um fazendeiro.

“Estou num momento igual fazendeiro. Arando a terra, plantando, regando, uma hora a chuva vai vir e vou colher meus frutos. Independentemente de jogar, tem de ser profissional e respeitar o companheiro que está melhor. Se não for aqui, vai ser em outro lugar. Quero ajudar, no treino ou no jogo. Entrando cinco minutos ou não, temos de torcer pelo bem do outro. Estou plantando e fazendo o melhor. Fazendo do treino uma guerra para fluir bem no jogo. Quero crescer”, comentou Marlone, que está emprestado ao Atlético até dezembro e dificilmente vai ter o vínculo renovado para 2018.

Marlone não é titular do Atlético desde o dia 23 de julho, na derrota por 2 a 1 para o Vasco, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Desde então, apenas mais duas partidas, sempre entrando nos minutos finais.

Um fato que pode explicar o pouco aproveitamento de Marlone é a troca de treinador. Indicado por Roger Machado, que gostaria de ter o jogador desde o começo da temporada, o meia atuou somente três vezes desde que o treinador gaúcho deixou a Cidade do Galo. No entanto, o jogador não vê a troca de comando como o motivo pelas raras oportunidades. Ele atribui ao momento melhor dos concorrentes de posição o fato de ficar no banco de reservas.

“Não vejo dessa forma, porque o Roger saiu. Os companheiros estão em melhor momento. É o momento deles. O Valdívia está bem, o Otero está entrando bem. A força que eu busco é em Deus. Posso ir além, para não entrar em desânimo. Somos protagonistas, mas somos seres humanos. Entramos em campo com problemas em casa, com filhos com febre, por exemplo. Eu busco minha força para cada dia estar bem. O fato de estar num clube como o Atlético já é muita coisa. Temos campo e academia, presentes de Deus. Nossa visão tem de ir além de jogar”, amenizou o jogador que tem três gols pelo Atlético, dois no Campeonato Brasileiro.

Apesar da confiança e do empenho demonstrado nos treinos, dificilmente a chance de Marlone vai aparecer diante do Vitória. O jogador revelou até uma conversa com Rogério Micale, mas na atividade dessa quinta-feira, sempre na equipe reserva, o meia ficou o tempo todo atuando como volante.

“Ele realmente conversa com a maioria. E também conversou comigo, logo quando chegou. O Micale me perguntou como eu me sentia, foi uma conversa aberta. Ele queria me avaliar nos treinos, mas fiquei uma semana em tratamento e quando voltei ele tinha a equipe montada. E depois ele disse para eu trabalhar, pois as coisas aconteceriam no tempo certo. É importante essa conversa para o crescimento do grupo”.