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Atlético-MG busca velocistas e avalia opções na Série B e na base

Rogério Micale quer deixar o time do Atlético-MG mais veloz na sequência do Brasileiro - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Rogério Micale quer deixar o time do Atlético-MG mais veloz na sequência do Brasileiro Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

29/07/2017 04h00

Uma semana antes de ser mandado embora, o técnico Roger Machado já havia falado de uma carência no elenco do Atlético-MG, a falta de um atacante velocista, capaz de desmontar a marcada adversária com dribles. Algo que também foi comentado pelo atual comandante do Galo, Rogério Micale, e também pelo presidente do clube, Daniel Nepomuceno.

Pelo regulamento do Campeonato Brasileiro, novas inscrições para as competições podem ser feitas até o dia 8 de setembro. Data limite para os clubes regularizarem os atletas contratados, na CBF, através do Boletim Informativo Diário (BID). Diante desse cenário, da falta de um atacante veloz e com prazo para reforçar o elenco, o presidente Daniel Nepomuceno admite que o Atlético vai ao mercado para se reforçar.

“Falta ao Atlético um jogador de velocidade, um ponta. A gente vê que isso falta em nosso elenco. Não temos tantas opções, como temos em outras posições. A janela ainda demora. Toda janela eu tento realmente convencer os jogadores que o negócio tem que ser bom para todo mundo. É a hora que a gente precisa de todos. Temos que blindar os atletas. Não podemos é trazer vários jogadores, perder o grupo, não dar chance a quem chegou anteriormente. Quero ainda ter certeza se errei ou acertei em alguns negócios. Não descarto de forma nenhuma. A mudança, se o treinador entender, tem que ser interna. Não pode ser externa. Trazer alguém para 'solucionar' o problema, que acredito que é interno. Temos pessoas para resolver”.

Porém, o Atlético tem algumas limitações para buscar esse reforço. A primeira delas foi o fechamento da janela para inscrição de jogadores que atuam foram do Brasil. Outra é o limite de jogos no Brasileirão. Para contratar algum jogador que disputa a Série A, a diretoria alvinegra vai ter de olhar o limite de seis jogos na competição. O atleta que já entrou em campo sete vezes não pode mudar de clube na mesma divisão.

Assim, resta ao Galo procurar esse atacante velocista nas divisões inferiores, como a Série B, por exemplo. Outra alternativa é busca um jogador que esteja sem contrato. Nesse caso, é preciso que esteja sem vínculo desde o dia 20 de julho, caso estivesse atuando no exterior, para não ser caracterizada uma transferência internacional.

E uma possibilidade que não pode ser descartada é buscar esse reforço na categoria de base. E foi que comentou o técnico Rogério Micale, que foi treinador da equipe sub-20 do Atlético por quase sete anos, entre 2009 e 2015.

“Não gosto de ficar transferindo. Eu acho que se não tem aqui, vamos achar. Vamos achar na base em outro lugar. Vamos dar um jeito. Quem não faz, vai ter de fazer. Vamos falar, cobrar, o que precisa ser feito. Não gosto de agredir a característica de ninguém, mas vamos ter de achar no clube. Se o elenco não está nos proporcionando, vamos na base e vamos tentar achar”, analisou o treinador.

E a primeira solução foi mesmo buscar na base. Nessa sexta-feira o meia-atacante Marquinhos, titular do time que foi campeão da Copa do Brasil sub-20, participou do treino. Por vezes até entre o time considerado titular. Outra possibilidade é aproveitar Pablo, que estava emprestado e retornou à Cidade do Galo nas últimas semanas.