Sem levar gols e 100%: o que muda no Grêmio atuando na Arena
Uma campanha só de vitórias. É assim o rendimento do Grêmio atuando sob seus domínios. Foram, até agora, quatro partidas sempre com o mesmo resultado positivo. Mais do que isso, o time tricolor nem sequer levou gols. A postura ofensiva, a marcação pressão e a segurança por conhecer os espaços em casa podem explicar a diferente postura jogando em Porto Alegre, onde nesta quinta-feira (23) há o duelo com o Vitória pela 10ª rodada do Brasileiro, às 19h15 (de Brasília).
A torcida ajuda, mas nem sempre. Por isso, explicar o crescimento do Grêmio ao apoio das cadeiras e arquibancadas da Arena soa simplista. O time muda a maneira de jogar quando sob seus domínios, não é apenas o grito dos aficionados que interfere no rendimento. Tanto que mesmo eventualmente ouvindo cobranças, o time segue só com vitórias.
O primeiro pilar das boas atuações em casa pode ser considerado a mais importante de todas. O Grêmio montado por Roger Machado é um time de essência ofensiva. A equipe tem volantes móveis, laterais ofensivos, um quarteto de ataque formado por dois pontas, um armador e um centroavante. É uma equipe montada ao ataque e quando atua em Porto Alegre encontra, normalmente, equipes que se defendem. O Tricolor é forjado para propor o jogo, manter a posse de bola e comandar as ações da partida. Quando em casa, se sente mais cômodo para isso.
E quando não tem a bola, a segunda alteração na postura como local aparece. O Grêmio marca alto, ou seja, no campo do adversário. Tenta tomar a bola o mais próximo possível da meta rival. A primeira linha de marcação tem Luan e Douglas, responsáveis por pressionar zagueiros e volantes. Pelas pontas, Everton e Giuliano começam a dar combate nos laterais e acompanham até o setor defensivo. E como os volantes também costumam estar da intermediária para frente, acabam batendo frente a frente com os meias ainda antes do campo gremista. Com isso, a linha de defesa também avança e a busca pela bola se dá mais perto do gol rival do que do próprio. Algo que fora de casa não é repetido.
Mas nenhum dos dois fatores seriam tão úteis caso o time não jogasse 'seguro'. Os atletas do Grêmio confirmam que há uma segurança evidente por atuar em seus domínios. Mesmo raramente treinando na Arena, conhecer cada espaço do estádio ajuda na presença de campo e por consequência contribui pelos bons resultados. São 4 vitórias com 6 gols marcados e zero sofridos.
"Jogar em casa para nós tem sido uma grande vantagem. Conhecemos nosso estádio, cada parte do gramado, as referências", disse o meia Douglas. "E temos o apoio do nosso torcedor, que é muito importante. Por isso estamos com uma campanha tão boa", completou Marcelo Oliveira.
O técnico Roger Machado, contudo, não está totalmente satisfeito. O treinador salienta que é necessário corrigir os erros na bola parada defensiva para finalmente ser absoluto sob seus domínios.
"Os jogos sem sofrer gols nos dão uma confiança grande. A medida que a bola parada for solucionada, e queremos zerar isso ou encontrar um nível mediano, vamos crescer ainda mais. É importante que começamos a fazer gols de cabeça e cruzamentos também. Estamos encontrando um equilíbrio ainda maior em ações importantes. Temos ganho confiança nos quesitos ofensivos e defensivos. Mantendo o zero no placar, ficamos muito mais perto de vencer", disse o treinador.
Problemas e zaga reserva
O Tricolor tem problemas no time. Com quatro titulares lesionados - Maicon, Geromel, Wallace Reis e Bolaños - o técnico Roger Machado terá que escalar a defesa reserva, que foi utilizada em quedas importantes no primeiro semestre, como na Libertadores e no Gauchão.
FICHA TÉCNICA
GRÊMIO X VITÓRIA
Data e hora: 23/06/2016 (Quinta-feira) às 19h15 (de Brasília)
Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS)
Transmissão na TV: Sportv e PPV
Árbitro: Sandro Meira Ricci (SC)
Auxiliares: Carlos Berckenbrock e Neuza Inês Back (ambos de SC)
GRÊMIO: Marcelo Grohe; Edílson, Fred, Bressan e Marcelo Oliveira; Walace, Ramiro, Giuliano, Douglas e Everton; Luan.
Técnico: Roger Machado
VITÓRIA: Fernando Miguel; Diego Renan, Victor Ramos, Kanu e Euller; Amaral, Willian Farias e Tiago Real; Dagoberto, Marinho e Kieza.
Técnico: Vágner Mancini
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