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Pressão de substituir Guerrero abala Love e Romero, diz volante corintiano

Vagner Love ainda não conseguiu render o esperado pela torcida do Corinthians - Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians
Vagner Love ainda não conseguiu render o esperado pela torcida do Corinthians Imagem: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Marinho Saldanha

Do UOL, em São Paulo

11/06/2015 18h16

O volante Petros admitiu que Vagner Love e Romero se sentem abalados pela pressão para substituir Paolo Guerrero. Em entrevista coletiva concedida após o treinamento desta quinta-feira (11), o marcador afirmou que apenas a confiança vai dar suporte para boas atuações dos atacantes corintianos. Além da necessidade de repor a ausência do peruano, que foi para o Flamengo, a dupla sofre com uma enxurrada de possíveis contratações.

"O Guerrero saiu há pouco tempo e era um dos maiores ídolos dos últimos anos do clube. É uma peça difícil de ser reposta. Não há tempo para lamentação. Jogamos sábado e ganhamos, precisamos ganhar mais uma vez. Temos que dar um jeito. Temos, agora, o Love e o Romero. Nós damos apoio e vemos o esforço deles nos treinamentos. Mas é claro que vai levar algum tempo. Sou suspeito para falar do Guerrero, mas não tem como suprir um jogador da qualidade dele tão rapidamente. Eles sofrem porque é inevitável. Como se vai substituir um ídolo em tão pouco tempo? O jogador precisa de sequência. Love e o Romero têm características diferentes, e o Guerrero fazia as duas. Temos que dar confiança a eles", disse o marcador. 
 
Não bastasse a dificuldade em suprir a ausência de Guerrero, Vagner Love e Romero ainda contam com especulações de reforços sempre para o setor ofensivo. O nome mais forte é Teófilo Gutiérrez, do River Plate. Mas Sánchez, também do clube argentino, já foi ligado ao Timão em outro momento. 
 
"Passamos por um momento de reformulação. Este processo envolve a saída e a chegada de jogadores. É claro que precisamos de reforços para ajudar. Sendo este o objetivo, todos serão bem recebidos", afirmou Petros. 
 
Contra o Internacional, o Corinthians pode não ter Cristian, que deixou o último treinamento com dores no calcanhar do pé direito. Emerson Sheik receberá homenagens mas ainda não tem presença garantida em campo. 
 
O duelo da sétima rodada do Brasileirão estão marcado para sábado às 16h30 (horário de Brasília), na Arena Corinthians. 
 
Confira outros pontos da entrevista de Petros: 
 
RECUPERAR PONTOS EM CASA
A gente atingiu um padrão muito alto de atuação e isso surpreendeu a todo mundo, inclusive a nós. Não dá para manter isso o tempo inteiro. A pressão, a Arena, a torcida, eram nossas armas. Agora, passando isso, temos que entender e ter a humildade de saber que não estamos na nossa melhor fase. Temos que ir lentamente buscando pontos. Uma vitória fora de casa nos deu força, temos que fazer da Arena novamente nossa força. Não aguentamos perder mais pontos em casa. Queremos ter esta retomada no padrão, mas isso requer tempo. 
 
BRIGA POR TÍTULO
Éramos líderes no começo do treinamento do ano passado. E no final o Cruzeiro atropelou todo mundo. É o campeonato mais difícil do Mundo. Qualquer um pode vencer. 
 
RETOMAR NÍVEL DO COMEÇO DO ANO
Quando fui contratado, no ano passado, o Corinthians também passava por uma reformulação quase completa. E se falava a mesma coisa. Não sei se retomaremos o padrão porque as características dos jogadores são diferentes. Mas a forma de jogar temos que recuperar. Neste momento o mais importante é vencer e somar pontos. Daqui a pouco vamos exigir jogar mais bonito. Agora, ganhar de 1 a 0, mesmo no sufoco, é o ideal. 
 
ATRASO DE SALÁRIO
A vitória esconde muita coisa. Quando estávamos ganhando, o salário também estava atrasado. Não é o determinante. Não é por isso que nossa equipe não vem jogando como estava há pouco tempo. A diretoria vai resolver isso logo, até porque temos nossas contas para pagar. Isso é o Brasil, estamos passando por uma crise. Cada vez mais teremos jogadores recebendo menos. É uma tendência. Acabaram os contratos altos e as loucuras. Hoje é pé no chão. Não tem de onde vir tanta renda. Quero deixar bem claro que isso não é determinante em campo. 
 
SHEIK DE SAÍDA
O clube, a torcida, são muito gratos a ele, como ao Guerrero também. Ele é brincalhão, mesmo sabendo que vai sair, se dedica, chega feliz. Hoje no treino, marcava mais que os zagueiros. Tem por característia essa doação em campo e também por isso se tornou ídolo.