Halo estraga visão onboard da TV. Mas solução final só deve sair em 2019
Muito se falou sobre os possíveis problemas de visibilidade que o halo, a polêmica proteção de cockpit que estreia neste ano na F-1, poderia trazer para os pilotos. Porém, depois da primeira etapa do campeonato, disputada na Austrália no último final de semana, os competidores deixaram claro que a novidade não é um problema. E ficou claro que quem acabou saindo perdendo foi o telespectador.
Isso porque a visibilidade das câmeras onboard (que fazem imagens de dentro do carro), todas elas posicionadas acima da linha dos olhos do piloto, ficaram prejudicadas. Especialmente a mais tradicional delas, na lateral do cockpit. E a má notícia é que não há uma solução fácil a curto prazo para isso.
O Regulamento Técnico da Federação Internacional de Automobilismo determina que “todos os carros devem ter quatro posições em que câmeras podem ser instaladas”. Todos os 20 carros são obrigados a carregar uma câmera posicionada na parte superior da tomada de ar, acima da cabeça dos pilotos. Neste ângulo, ainda é possível ver a pista, mas o halo toma cerca de um terço da imagem.
Já a instalação de câmeras em outras posições – na lateral da entrada de ar (a mais prejudicada, mostra o trabalho do piloto, mas o halo encobre a pista), nos retrovisores e na parte lateral do bico – varia de carro para carro e é decidida pela organização da F1 corrida a corrida.
Uma solução imediata para o problema é priorizar a câmera no bico, mas neste caso os telespectadores não veriam o trabalho do piloto.
Qualquer solução além disso só poderia ser adotada para o ano que vem, uma vez que as regras dizem que “os competidores devem ser notificados sobre qualquer mudança na instalação de câmeras antes de 30 de junho da temporada anterior”.
Enquanto o halo continua sendo alvo de muitas críticas, a FIA estuda a possibilidade de usar alguma proteção mais parecida com jatos, mas qualquer alteração também só poderia ser feita para a temporada 2019.
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