Discussão sobre 'drible' da Mercedes no motor promete esquentar em Monza
O GP da Itália será palco de mais um capítulo de uma briga técnica que vem sendo travada entre Mercedes e Ferrari desde os testes de pré-temporada: o uso de lubrificantes no processo de combustão do motor, algo que auxilia no ganho de potência e que a federação internacional vem tentando conter há meses.
Desde fevereiro, várias diretivas foram enviadas às equipes explicando que a prática não é legal, mas em agosto foram estabelecidos novos números de tolerância: a pedido da Ferrari, até o final deste ano serão permitidos 0.9l de óleo a cada 100km, número que cai para 0.6l ano que vem.
Sabendo que a FIA estabeleceria limites mais claros, a Mercedes correu com a introdução de sua quarta e última unidade de potência disponível antes do GP da Bélgica, ou seja, antes da definição dos novos números. Com isso, potencialmente o time pode usar os 1.2l de óleo por 100km, como vinha ocorrendo anteriormente.
A Ferrari, por sua vez, optou por não introduzir o quarto motor de combustão ao qual ambos os pilotos têm direito na Bélgica, esperando uma atualização que utilizaria um pistão impresso em 3D, algo que o time calcula que daria um salto de potência mais considerável que os 0.3l a mais de óleo.
Há, contudo, a discussão se a manobra da Mercedes é legal. Na Bélgica, a equipe afirmou que em momento algum superou os 0.9l regulamentares, mas salientou que isso pode ocorrer no futuro. A questão que fica é: vale a regra de quando o motor foi homologado ou a atual?
Embora as quantias não garantam uma vantagem muito significativa ao longo de uma corrida, o uso de mais óleo lubrificante no processo de combustão aumenta a potência do motor em classificação, condição em que o motor Mercedes já tem vantagem sobre o Ferrari.
Confiabilidade
Os motores têm sido centrais na batalha entre a Mercedes e a Ferrari. As duas equipes de fábrica têm forçado bastante na introdução de melhorias, o que vem pressionando ambas as equipes em termos de confiabilidade. Com os motores introduzidos na Inglaterra, há 3 etapas, e na Bélgica, tanto Lewis Hamilton, quanto Valtteri Bottas terão de completar as oito provas restantes com as unidades de potência que já estão em uso, caso contrário começarão a sofrer punições.
A situação da Ferrari é mais complicada, pois Sebastian Vettel vem usando o mesmo turbo desde a quinta corrida. Por uma falha de projeto, dois turbos estão inutilizáveis, e o alemão vem usando os outros dois desde então.
As regras dividem a unidade de potência em seis partes (motor de combustão, turbo, central eletrônica, MGU-K, MGU-H e bateria) e cada piloto tem direito a usar quatro peças de cada uma destas partes ao longo do ano. A ordem do uso das peças é livre.
Vettel chega à 13ª etapa do campeonato com sete pontos de vantagem para Hamilton depois do inglês ter vencido o GP da Bélgica no último final de semana.
Confira os horários do GP da Itália
Sexta-feira
Treino livre 1: das 5h às 6h30
Treino livre 2: das 10h às 11h30
Sábado
Treino livre 3: das 6h às 7h
Classificação: 9h
Domingo: 9h
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