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Não é só marketing. Nova piloto da F-1 coleciona feitos na carreira

Divulgação/Sauber
Imagem: Divulgação/Sauber

Do UOL, em São Paulo

01/03/2017 04h00

A Fórmula 1 teve mulheres competindo esporadicamente desde a década de 1950, quando a pioneira Maria Teresa de Filippis disputou três provas entre 1958 e 1959. Porém, de lá para cá, a categoria teve apenas outras quatro pilotos, sendo que só Lella Lombardi chegou a largar, em 12 oportunidades. Nos últimos anos, a presença de mulheres vem ganhando força entre os times. Nenhuma delas, contudo, tinha credenciais como as da nova piloto de desenvolvimento da Sauber, Tatiana Calderon.

A colombiana tem idade relativamente avançada para quem vai fazer sua segunda temporada na GP3 neste ano: 23 anos. Isso porque o início de sua carreira nos monopostos foi tardia, pois sua opção foi por terminar os estudos na Colômbia antes de se mudar do país. Tatiana foi primeiro para os Estados Unidos e apenas em 2012 se mudou para a Europa.

De lá para cá, a colombiana disputou por três vezes a Fórmula 3 Europeia, pela qual passaram recentemente nomes como Max Verstappen e Carlos Sainz. Apesar de não ter vitórias em categorias representativas na carreira, Calderon conquistou algumas marcas importantes: foi a primeira mulher a conquistar um pódio na F-3 Britânica e a ter liderado uma prova na F-3 Europeia. E foi logo debaixo de chuva em Spa-Francorchamps, após ter largado em 27º.

Calderon faz parte do movimento Dare to be Different (ouse ser diferente, em inglês), fundado por Susie Wolff para apoiar a presença feminina . A escocesa se tornou, em 2014, a primeira mulher a participar de uma sessão oficial da F-1 nos treinos livres do GP da Inglaterra. Wolff foi uma das três mulheres que estiveram ligadas a equipes da categoria nos últimos anos e foi, de longe, quem teve participação mais efetiva.

Além da ex-Williams, que anunciou a aposentadoria ano passado, passaram recentemente pela F-1 Maria de Villota, que morreu em decorrência de consequências de um sério acidente que teve logo em seu primeiro teste com um carro da categoria, e Carmen Jordá, que tinha o cargo de piloto de desenvolvimento da Renault, mas sequer possuía a superlicença.

Por enquanto, Calderon também não possui uma superlicença pois, para isso, é necessário colecionar boas colocações em campeonatos da base. 

“Temos as oportunidades e instrumentos para prover a Tatiana uma plataforma profissional para que ela possa desenvolver seu conhecimento e habilidades no automobilismo”, destacou a chefe da Sauber, Monisha Kaltenborn.

“Estou animada para trabalhar com a equipe e aprender o máximo”, disse a piloto, que é apoiada pela Telmex, que também patrocina o piloto mexicano Sergio Perez. “Estou um passo mais perto de meu sonho, que é competir na F-1 um dia.”

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