União Europeia vê F-1 'anticompetitiva' e pode intervir, admite Ecclestone
O modelo de negócio de Bernie Ecclestone na Fórmula 1 pode estar com os dias contados. O promotor, que é o responsável por firmar os contratos com as equipes, organizadores de provas e TVs, admitiu que a União Europeia está prestes a questionar formalmente a maneira como a categoria é gerida.
A entidade recebeu uma queixa formal ano passado de Force India e Sauber, que questionavam a maneira como o dinheiro era distribuído. Tendo firmado contratos individuais com cada equipe, Ecclestone estabeleceu o pagamento de cotas por ‘valor histórico’ a algumas delas, deixando as demais apenas com a verba proveniente da posição no campeonato de construtores do ano anterior. Isso criou uma enorme disparidade entre os maiores e menores times.
“Eles estão começando a ficar cada vez mais interessados na maneira anticompetitiva que temos”, admitiu Ecclestone. “Estamos conversando com eles e vão fazer o que é certo.”
Outro que está de olho no poder de Ecclestone é Jean Todt, presidente da FIA, que afirmou que “assumiria o controle amanhã” se possível. O dirigente defende que a federação controle as regras e que as equipes apenas se submetam, sem participação no processo decisório. Porém, os contratos firmados até 2020 não permitem que isso ocorra. Isso, a não ser que a União Europeia considere a prática ilegal. “A União Europeia se empolgou muito com isso e eles poderiam chegar e dizer ‘vamos acabar com esse sistema’”, reconheceu Ecclestone.
A entidade já acusou a Fórmula 1 de ser um monopólio há cerca de 15 anos mas, na época, Ecclestone conseguiu uma manobra para vender grande parte de suas ações e continuar no controle da categoria.
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