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Embalado e líder do ranking, Filipe Toledo busca o bi em Margaret River

Filipe Toledo toca o tradicional sino do campeão em Bells Beach - WSL
Filipe Toledo toca o tradicional sino do campeão em Bells Beach Imagem: WSL

Colunista do UOL

23/04/2022 04h00

Já faz tempo que o Brasil domina a principal divisão a World Surf League. Mas... 2022 começou diferente.

Novas caras no pódio. Novos nomes entre os melhores do ranking. Até rolar a etapa de Bells Beach, a primeira do ano na Austrália.

Com a categoria, verticalidade e velocidade bem conhecidas, Filipe Toledo derrubou todo mundo. E pela 1ª vez na carreira, tocou o tradicionalíssimo sino que faz parte do troféu da mais icônica prova do circuito mundial.

Mas do que isso. A conquista histórica, somada com o vice-campeonato em Portugal no mês passado, colocaram Fiipinho na liderança do ranking, quase 6 mil pontos na frente do japonês Kanoa Igarashi.

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Filipe Toledo manobra forte durante as finais da etapa de Bells Beach
Imagem: WSL

A semana foi perfeita. FT completou 27 anos durante a etapa, e se tornou um dos poucos surfistas de todos os tempos com títulos nos 3 principais eventos do tour realizados na Austrália. Já havia vencido em Snapper Rocks (Gold Coast) em 2015, e em Margaret River em 2021.

Sem a presença de Gabriel Medina, que ficou fora das primeiras etapas do calendário e só agora anunciou que vai retornar a partir da competição de G-Land (Indonèsia) em maio, Filipe assumiu - ao lado de Italo Ferreira - a responsabilidade de comandar o time verde e amarelo.

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Festa brasileira após o título de Filipe Toledo na Austrália
Imagem: WSL

Em ótima forma faz tempo, com 11 vitórias na elite, e agora embaladíssimo, Filipe é um dos favoritos para mais um caneco, o do 'Margaret River Pro', que começa neste sábado no lado oeste da gigantesca costa australiana.

Detalhe: o 'Main Break' de 'Margs' é um pico que o brasileiro também gosta muito.

No ano passado, foi lá que Filipinho iniciou a arrancada rumo ao vice do mundial, melhor resultado da carreira.

Na decisão, ele bateu o sul-africano Jordy Smith.

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Filipe Toledo campeão em Margaret River no ano passado
Imagem: WSL

Agora, vai vestir a lycra amarela de líder da classificação geral.

Na bateria de estreia vai enfrentar dois locais: o veterano Owen Wright, e o novato Jack Thomas, um dos convidados para o torneio.

Além do camisa 77, o Brasil conta com 3 atletas no Top-10 atualmente: Italo Ferreira (7º), Caio Ibelli (9º) e Miguel Pupo (10º).

Samuel, o irmão mais novo dos Pupo, chega em Margaret na 19ª posição, também dentro da zona de corte dos 22, que garantem vaga antecipada na elite em 2023 e seguirão em busca do título.

João Chumbinho (27º), Deivid Silva e Jadson André (empatados em 29ª) completam a galera no 'West Oz'.

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Tatiana Weston-Webb, campeã em Margaret River no ano passado
Imagem: Cait Miers/WSL

Na chave feminina, outra defesa de título para o Brasil.

Tatiana Weston-Webb volta a Margaret com a missão de recuperar o posto entre as 5 melhores da tabela.

No ano passado, a única brasileira no tour acompanhou Filipinho no lugar mais alto do pódio.

Na atual campanha, Tati já conquistou um título em Portugal. Mas por causa de 3 eliminações precoces nas oitavas de final (Pipeline, Sunset e Bells Beach), chega para o evento "apenas" em 6º no geral.

No round 1, terá a havaiana Malia Manuel e a australiana Isabella Nichols como adversárias.

A liderança do ranking está nas mãos da pentacampeã mundial Carissa Moore.

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Filipe Toledo manobra durante o Rip Curl Pro Bells Beach
Imagem: WSL

Confira todas as baterias dos brazucas programadas para a competição que pode começar neste sábado:

heat 1: Samuel Pupo, Callum Robson (AUS) e Imaikalani DeVault (HAW)

heat 6: Filipe Toledo, Owen Wright (AUS) e Jack Thomas (AUS)

heat 7: Italo Ferreira, Jadson André e Jake Marshall (EUA)

heat 8: Deivid Silva, Nat Young (EUA) e Ethan Ewing (AUS)

heat 9: Caio Ibelli, Connor O'Leary (AUS) e Morgan Cibilic (AUS)

heat 10: Miguel Pupo, João Chumbinho e Kolohe Andino (EUA)

por @thiago_blum / @surf360)_