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Rodolfo Rodrigues

OPINIÃO

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Rodolfo Rodrigues: Chelsea mereceu o título e abismo ainda é grande

Azpilicueta, capitão do Chelsea, ergue troféu de campeão do Mundial de Clubes - Matthew Ashton - AMA/Getty Images
Azpilicueta, capitão do Chelsea, ergue troféu de campeão do Mundial de Clubes Imagem: Matthew Ashton - AMA/Getty Images

Colunista do UOL

12/02/2022 17h46

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O Palmeiras fez um bom jogo, levou a partida para a prorrogação, mas acabou derrotado pelo Chelsea por 2 x 1, neste sábado (12), perdendo a chance de conquistar o Mundial de Clubes da Fifa pelo segundo ano consecutivo.

Mesmo tendo alguns bons momentos durante o jogo e sendo superior ao campeão europeu por alguns minutos depois do gol de empate, o time de Abel Ferreira foi derrotado com justiça pelo Chelsea. Apesar de os times brasileiros conseguirem fazer bons jogos nas últimas finais (o Flamengo também fez um bom jogo contra o Liverpool em 2019), ainda estão longe de quebrar a supremacia dos europeus.

Desde 2012, quando o Corinthians bateu o Chelsea por 1 x 0, nenhum brasileiro ou nenhum time sul-americano conseguiu chegar ao título do Mundial de Clubes da Fifa. Já são 9 anos de hegemonia, algo jamais visto desde o início em 2000 ou mesmo do antigo Mundial Interclubes, entre 1960 e 2004. No jogo de hoje, Raphael Veiga marcou um gol de pênalti, sendo o primeiro de um brasileiro numa final de Mundial desde o gol de Guerrero, em 2012.

Desde então, Atlético-MG (2013) e Palmeiras (2020), não conseguiram chegar à final. Já Grêmio (2017), Flamengo (2019) e Palmeiras (2021), ficaram com o vice-campeonato.

Na final deste sábado, segundo as estatísticas do SofaScore, o Chelsea venceu o jogo com 71% de posse de bola contra apenas 29% do Palmeiras durante os 120 minutos. Foram 20 finalizações do time inglês (inclusive uma na trave) contra 11 do Palmeiras. O time de Thomas Tuchel deu 790 passes contra apenas 321 do Palmeiras. A precisão dos passes do Chelsea foi de 87% contra 67% do time brasileiro.

O Palmeiras, atual bicampeão da América, criou boas oportunidades e viu a chance real de ser campeão diante de um time um campeão europeu que ficou muito aquém dos últimos nas decisões do Mundial de Clubes.

No antigo formato, entre 1960 e 2004, quando havia apenas o confronto entre o campeão da Europa e o da Libertadores, os sul-americanos tiveram a hegemonia do torneio com 22 títulos contra 21 dos times da Uefa. No atual Mundial de Clubes da Fifa (entre 2000 e 2021), foram 14 títulos dos europeus e 4 dos sul-americanos, sendo apenas 1 nas últimas 15 edições. Desde 2000, em 15 confrontos entre europeus e sul-americanos, foram 9 vitórias, 1 empate e 4 derrotas. Desde 2013, são cinco vitórias em cinco jogos.

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