A evolução e o número invisíveis do Corinthians
Esta análise do empate por 0 x 0 entre Corinthians e Fortaleza começará com um pedido, um clamor.
A linda e simbólica camisa preta, alusiva à luta contra o racismo, não deveria ter números pretos, no fundo preto, apenas com o contorno em branco. O número é informação para ser vista na camiseta, desde 1948, quando foi introduzido nos uniformes brasileiros, ou 1933, quando entraram nas camisas dos clubes ingleses.
Dá para aprender com a Premier League. O número pode até ser vermelho no uniforme preto e branco, mas tem de ser visível. É regra na Inglaterra e na Champions League.
Em Itaquera, a numeração é quase tão invisível, quanto a evolução do time de António de Oliveira. Quase, porque a equipe está melhor, mas não consegue ser incisiva. Com esforço, é possível ver o sistema tático, o 4-1-4-1 quando se defende, o 3-2-5, quando ataca. Estão ali os contornos, como as linhas brancas em torno dos números.
Melhorou, sim, contra o Fortaleza. Não foi igual contra o América, em Natal.
O crescimento corintiano precisa ser mais explícito, visível e concreto na tabela de classificação.
No terceiro empate seguido com o Fortaleza na Neo Química Arena, diante de 42 mil pessoas, a vitória não veio por causa do goleiro João Ricardo, o melhor em campo. Mas a evolução só se vê pelos contornos.
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