Por que Flamengo sempre contrata melhor técnico e tem piores da história
O direito à vaia é inalienável. Quem paga ingresso tem o direito de protestar, no futebol. É diferente no teatro. Imagine se, no meio de um show de Caetano Veloso, alguém se levantar para reclamar do repertório escolhido.
A questão da vaia não é o direito a ela. Este é indiscutível. O ponto é que algumas torcidas conseguiram medir a hora certa do protesto. A do Corinthians, por exemplo, que reclama no apito final, depois de gritar o nome do clube durante jogos inteiros.
Ano passado, a média de público em Itaquera foi de 39 mil espectadores por jogo. E o Corinthians ficou em 13º lugar!
A torcida do Flamengo é exigente. Não basta vencer, tem de convencer, e até Tite sabe que não houve espetáculo no Maracanã contra o Amazonas. Nem Tite contesta a vaia, merecida.
Mas que atrapalha, atrapalha. Pegar na bola, ousar um passe, errar, ouvir a arquibancada dizer.. Aaaaaaaarghhhhhhhh!
No dia seguinte a encerrar série de três jogos sem vencer após 22 sem perder, saber que a crítica é a repetição de erros de Sampaoli e dos recentemente citados como os piores da história do Flamengo.
Todos eles depois de Jorge Jesus contratados sob a prerrogativa de serem os melhores disponíveis, diferente de quando o Flamengo efetivava Andrade ou trazia Vanderlei Luxemburgo em 2011.
O limite da exigência é o bom senso. Às vezes falta para compreender que times passam por momentos ruins, todos eles. O Bayern e o City que o digam.
Porque muitas vezes falta bom senso, o Flamengo sempre parece contratar o melhor técnico do mercado, para, meses depois, tem um dos piores de sua história.
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