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Coluna do PVC

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Corinthians chegará a dez técnicos em cinco anos

Colunista do UOL

28/04/2023 04h01

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O Corinhians espera o improvável sim de Tite e cogita Mano Menezes, que não pretende trocar o trabalho em evolução no Internacional, para testar sete meses no Parque São Jorge e esperar a mais confusa eleição do Corinthians em trinta anos.

Seja quem for o eleito, será o décimo treinador corintiano efetivo desde a queda de Fábio Carille, em 2018.

A lista tem Osmar Loss, Jair Ventura, Fábio Carille, Tiago Nunes, Vágner Mancini, Sylvinho, Vítor Pereira, Fernando Lázaro, Cuca. O próximo será o décimo. A conta também existiu entre a saída de Tite, em 2016, e a chegada de Sylvinho, em 2021, mas remete aos cinco anos anteriores a 2007, época do rebaixamento:

Geninho, Júnior, Juninho Fonseca, Oswaldo de Oliveira, Tite, Daniel Passarella, Márcio Bittencourt, Antônio Lopes, Ademar Braga, Geninho outra vez, Émerson Leão, Paulo César Carpegiani e Nelsinho Baptista. Treze treinadores entre janeiro de 2003 e dezembro de 2007, jogo contra o Grêmio, que definiu o descenso.

O antídoto das crises eternas foi a estabilidade, que ajudou o Corinthians a ganhar Série B, dois Paulistas, uma Copa do Brasil, dois brasileiros, uma Libertadoes, uma Recopa e o Mundial de Clubes. Entre 2008 e 2016, só dois nomes se sentaram no banco de reservas corintiano, só Tite e Mano Menezes, com exceção de dois meses de Adílson Batista entre agosto e outubro de 2010.

Aquele hiato só existiu, por causa da ida de Mano Menezes para a seleção brasileira.

Não há dúvida da competência de Tite e Mano nem de como conhecem o Corinthians. O problema de investir nas duas ideias é que provavelmente nem Tite nem Mano sairão de seus projetos atuais, Tite à espera do futebol europeu, Mano consolidando um time sólido no Internacional.

O Corinthians não olha para Tite e Mano. Olha para o passado, para construir seu futuro.

É muito comum em clubes gigantes, quando se perdem no caminho.

É um vício, Olhar para o passado, para construir o futuro.