Vai e volta de Dudu é sinal da cultura do mimo do futebol brasileiro

Dudu acertou a ida para o Cruzeiro.
Há um erro cruzeirense na história: divulgar a negociação antes de ter tudo assinado.
A justificativa era a necessidade de realizar exames médicos, em função da lesão no joelho, de dez meses atrás.
Mas Dudu deu o aval de que iria para o Cruzeiro, como dentro do Palmeiras se admitiu, de forma oficiosa.
Então, o ídolo palmeirense percebeu a pressão das redes sociais, que rapidamente se transferiu da diretoria para o jogador.
No primeiro instante, o inconformismo era com Abel, Anderson Barros e Leila Pereira por terem liberado o ídolo.
Rapidamente, a pressão caiu sobre Dudu, que pediu para ser liberado
O susto de Dudu criou a reviravolta. Tudo indica que pedirá para permanecer. Não dá para saber qual será a resposta da diretoria.
O caso reflete a cultura do mimo do futebol brasileiro.
Ao dizer que pretendia se transferir, Dudu queria o quê? Que o Palmeiras se ajoelhasse e pedisse, pelo amor de Deus, que ficasse?
Que renovasse seu contrato por mais dois anos, equiparando a oferta salarial cruzeirense?
Dudu se ressente da falta de carinho de Abel Ferreira. Não se trata de carinho, mas de bajulação. Jogador, no Brasil, gosta de ser bajulado.
Se o técnico tem uma relação profissional, fica faltando alguma coisa.
Então, Dudu se ressente da falta de amor e pede para sair.
As relações profissionais devem ser, assim, profissionais.
Mas anos de mimo nos vestiários criam casos como este. Uma confusão em que o responsável é Dudu e que criou problemas para Palmeiras e Cruzeiro.
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