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Família recupera Caravan 1978 roubada há 23 anos e se emociona

Comprador de carro descobriu que ele era roubado; veículo agora está com a Polícia Civil do Distrito Federal - Reprodução/ EPTV
Comprador de carro descobriu que ele era roubado; veículo agora está com a Polícia Civil do Distrito Federal Imagem: Reprodução/ EPTV

Do UOL, em São Paulo

11/11/2021 14h46Atualizada em 12/11/2021 00h22

Após 23 anos, a família do aposentado Antonio Carlos Pereira finalmente reencontrou seu carro roubado em 1998: uma Caravan 1978, comprada de segunda mão e roubada na frente de casa no bairro Jardim Irajá, em Ribeirão Preto. O que parecia impossível se tornou realidade depois de uma ligação informando que o veículo foi achado no início do mês pela Polícia Civil do Distrito Federal.

"Toda semana ele falava: 'Vou guardar, porque quem sabe um dia ela volta'. Aí eu peguei e fiquei brava. Falei: 'Joga fora, não vai voltar mais, [são] muitos anos'", disse Zilda Zanelato Pereira, esposa de Antonio, em entrevista para a EPTV, afiliada da TV Globo.

Quando recebeu o telefonema perguntando se já teve uma Caravan bege, Antonio ficou sem reação. Foi Zilda quem confirmou que a família de fato já teve o veículo, roubado há muitos anos. Ela, então, recebeu a notícia de que haviam encontrado o carro no Distrito Federal, entregue por um comprador que descobriu que se tratava de um carro roubado.

Com a boa nova, velhas lembranças retornaram: "Quando isso [o roubo] aconteceu, a gente passou por um momento muito difícil, porque meu pai perdeu a ferramenta de trabalho e não tinha mais esse dinheiro das verduras, que era o que mais sustentava a família. Era muito triste ver o meu pai ir trabalhar a pé", contou a filha Thais Pereira, emocionada.

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Antonio Carlos utilizava o veículo para vender frutas e verduras em Ribeirão Preto
Imagem: Reprodução/ Globoplay/ EPTV

Trabalhando como verdureiro durante parte do dia, Antonio conciliava esse serviço com um emprego em um supermercado das 16 horas até meia-noite. Ao voltar para casa, ele acordava às 5 da manhã para comprar frutas e verduras frescas na Ceasa, vendendo nas horas seguintes em sua Caravan.

"Era uma empresa que a gente trabalhava para viver, uma ferramenta de trabalho. [...] Era uma quitanda ambulante. Eu tinha uma freguesia grande", lembra Antonio Carlos.

As histórias que o carro guarda continuam vivas nas memórias da família. Desde as crianças do bairro que iam à casa deles para passear, até as idas ao litoral.

Em breve, eles terão o veículo de volta na garagem. A família pretende viajar de carro até Brasília. A Caravan deve voltar para Ribeirão Preto em um guincho.