Delage, francesa ícone de luxo em 1930, voltará com híbrido de 1.100 cv

(SÃO PAULO) - Delage foi uma marca surgida nas proximidades de Paris, em 1905. Fez parte da elite de montadoras francesas que há tempos desapareceu, e que hoje tem como único expoente dessa época ainda em atividade a Bugatti.

O começo foi com modelos compactos, mas depois da Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918) a empresa partiu para o mercado de luxo. Nos anos 1930 foram lançados seus principais carros: D6 e D8. O seis-cilindros teve uma extensa família de versões, com variações de motorização e tamanho. O oito-cilindros teve vida mais curta, indo de 1929 a 1940. No ano passado, um deles foi eleito "Best of Show" da Autoclasica, na Argentina.

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Em 1935, a Delage foi comprada por outra fabricante francesa, a Delahaye. O problema é que a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) impactou severamente o mercado francês de luxo, e em 1953 a marca foi extinta. Os direitos sobre a marca ficaram com a Les Amis de Delage, associação criada em 1956 por Patrick Delage, bisneto do fundador Louis Delage.

Foi ele quem o empresário francês Laurent Tapie precisou convencer para refundar a marca em 2019, agora chamada Delage Automobiles.

Primeiro carro da nova fase será o D12, previsto para 2022. Concebido como um Fórmula 1 para as ruas, pretende bater o recorde do Aventador SVJ em Nürburgring - em 2018, o Lamborghini levou 6 minutos, 44 segundos e 970 milésimos para completar uma volta no lendário circuito alemão.

O nome vem de uma tradição da Delage, que une a letra inicial da marca ao número de cilindros do motor. No caso do D12, um 7.6 V12 acoplado a um elétrico, que combinados somam 1.100 cv, capazes de levar o superesportivo aos 100 km/h em apenas 2,5 segundos, de acordo com a empresa.

Serão apenas 30 unidades, cada uma partindo de € 2 milhões - ou R$ 13,3 mi.